A Académica está nas meia-finais da Taça de Portugal pela segunda época consecutiva. O primeiro vencedor da popular prova do futebol lusitano ficou mais perto da concretização do sonho de regressar ao Jamor, 43 anos depois da última presença. O bilhete de acesso à próxima eliminatória não foi, todavia, fácil de obter.

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O Aves vendeu cara a derrota, não se assustou com a desvantagem madrugadora, chegou inclusive ao empate, e deu sempre muita luta. Os estudantes, voltaram a crescer na partida, aceleram, e recuperaram a vantagem, ainda antes do intervalo. Em comum, os golos tiveram o facto de terem sido apontados por jogadores possivelmente de saída do clube. Até o terceiro, por Abdoulaye, que está emprestado e sairá no final da época.

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Primeiro foi Éder, a encostar a passe de Sissoko, logo aos quatro minutos. Pires empatou, mas Berger fez pouco depois o 2-1, novamente com assistência do jovem marfinense, de longe o melhor o em campo, numa exibição plena de atitude depois de ter perdido a titularidade para Marinho. Quando a equipa passou a gerir o resultado, apareceu o terceiro golo e só o frango de Peiser levou a um período de descontos de sofrimento, evitável.

Controlar e descansar com Abdoulaye... ou quase

Com o apuramento no bolso, a Briosa deixou o espectáculo para outras calendas e passou a ser mais pragmática. Dir-se-ia que passou a jogar ao estilo, justamente, da II Liga, encurtando espaços e colocando a tónica no rigor táctico e capacidade de luta. Diogo Melo ajudou a dar força ao «miolo», o Aves passava a provar do próprio veneno e não gostava.

A Académica conseguiu controlar o adversário, refrescou uma ala com Marinho, estreitou amiúde o contra-ataque, num desses lances, descansou o coração dos adeptos com um cabeceamento vitorioso do «gigante» Abdoulaye. Adrien, até então em sub-rendimento, descobriu o colega na área e o senegalês fez o resto. O descanso só não foi pleno porque, nos descontos, Peiser complicou e ajudou à pequena «traição» de Bischoff.

Em vésperas de Natal, os estudantes receberam a prenda que mais queriam e terminam o ano em alta, com vistas para o Jamor, um sexto lugar na Liga, e uma sequência de três jogos sem perder. Entre as «vítimas» mais sonantes dos conimbricenses figuram o F.C. Porto (3-0), eliminado da Taça de Portugal, mas também o Sporting, mais recentemente, não conseguiu ganhar-lhes.