A federação mexicana de futebol (FMF) pediu aos seus adeptos que parem com os «cânticos ofensivos e discriminatórios» durante os jogos da Taça das Confederações.

«Como sabem, a FIFA leva muito a sério os cânticos que temos quando o guarda-redes (adversário) chuta, e as sanções possíveis são pesadas», começa por dizer o comunicado dos mexicanos.

Os responsáveis pela seleção «azteca» lembram que a continuação desta conduta pouco contribui para o jogo, podendo mesmo ditar derrota para o México na secretaria e expulsão dos adeptos do estádio.

«Sabemos que vocês são apoiantes incondicionais, confiamos em vós e juntos podemos mudar a história», acrescenta a FMF, no dia em que a equipa defronta a Nova Zelândia, para a segunda jornada do Grupo A da Taça das Confederações.

Antes da prova, a FIFA deu ordens expressas aos árbitros dos jogos do México para interromperem as respetivas partidas, caso os adeptos «aztecas» entoassem cânticos homofóbicos ou racistas.

«Pela primeira vez numa competição oficial, a FIFA utilizará um procedimento em três etapas em casos de situações discriminatórias e terá observadores para esta matéria em todos os estádios», revelou o organismo do futebol mundial, explicando que as queixas seguirão para o seu comité disciplinar.

A ameaça surge na sequência de processos e multas sofridas pela nação mexicana, devido ao famoso grito "Eh puto". O cântico dura há vários anos e é entoado de cada vez que o guarda-redes da equipa adversária bate um pontapé de baliza. Só que para o organismo mundial, o termo «puto» acarreta conotações homofóbicas.

México e Nova Zelândia jogam esta quarta-feira em Sochi, a partir das 19h00.