O Estoril voltou a ser vítima da «assombração» da Amoreira e não foi além de um empate na receção ao Estoril (1-1), resultado que, conjugado com a derrota na ronda inaugural, também em casa, diante do Sp. Braga (1-2), deixa desde já a equipa de Marco Silva fora da corrida para as meias-finais da Taça da Liga. A equipa do Restelo, por seu lado, continua a sonhar, mas na última ronda está obrigada a vencer em Braga para poder passar à próxima fase.

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Marco Silva voltou a ter de adaptar Filipe Gonçalves ao lado direito da defesa e Babanco ao meio-campo, num onze com muitas segundas escolhas que demorou encaixar-se em campo, apesar dos esforços de Gonçalo e Diogo Amado para ligar a equipa. O Belenenses, com duas linhas de quatro jogadores, Eggert Jonsson à frente da defesa e o reforço Roger Linz destacado na frente, entrou melhor no jogo, com Miguel Rosa e Filipe Ferreira a explorarem bem o flanco esquerdo.

Os canarinhos entraram no jogo aos soluços, com muitas hesitações e perdas de bola, permitindo à equipa do Restelo ter um certo ascendente na primeira meia-hora, com destaque para um remate colocado de Miguel Rosa que bateu caprichosamente na barra. Foi o sinal de alarme para os canarinhos que, a partir daí, assumiram finalmente as rédeas do jogo, imprimindo maior velocidade pelos corredores e chegando à área de Rafael Veloso com maior frequência.

João Pedro Galvão teve duas oportunidades claras, mas foi Yohan Tavares a desbloquear o marcador, aos 35 minutos, com uma cabeçada ao segundo poste, na sequência de um pontapé de canto de Babanco. Os canarinhos estavam agora claramente por cima e antes do intervalo, João Pedro Galvão voltou a desperdiçar depois de uma boa iniciativa de Gerso.

Balde de água fria

Marco Paulo procurou dar novo ânimo à sua equipa, refrescando os flancos, primeiro com João Pedro, logo a seguir com Fredy, para um início de segunda parte mais intenso. O Estoril podia ter aumentado a vantagem no primeiro lance, num remate de Diogo Amado, mas o Belenenses também podia ter empatado, na resposta, com uma bomba de Fernando Ferreira que passou a rasar o poste. Balanceada para o ataque, a equipa de Marco Silva deixou-se surpreender, na rápida marcação de uma falta, com Kaká a cruzar largo para o segundo poste onde surgiu o «penetra» Kay, que parece partir de posição irregular, a encostar sem qualquer oposição.

A assombração da Amoreira, onde o Estoril tem sentido dificuldades em vencer (quatro vitórias em dezasseis jogos oficiais), voltava a pairar sobre as cabeças dos de amarelo que já tinham perdido, também em casa, com o Sp. Braga (1-2) na ronda inaugural. O empate deixava o Estoril definitivamente fora das meias-finais e Marco Silva não perdeu tempo a lançar as primeiras figuras da equipa. Primeiro Carlitos e Evandro, depois Sebá, para uma linha de ataque de quatro jogadores. Marco Paulo, por seu lado, respondia com a troca do inofensivo Linz por Rambé, com os «azuis», esta tarde vestidos de laranja, a tentar explorar o desespero do adversário.

O Estoril arriscava tudo na procura do golo, agora com chuva a cair, diante de um Belenenses bem mais tranquilo, com uma defesa organizada à espera de uma oportunidade para sair disparado para a baliza de Ricardo Ribeiro. Até ao final, as melhores oportunidades foram da equipa do Restelo, com destaque para uma perdida por Rambé.

O Belenenses vai, assim, a Braga discutir a qualificação para as meias-finais, enquanto o Estoril despede-se da prova em Aveiro, num jogo que vai servir apenas para cumprir calendário.