Cissokho, entrada com o pé direito
A bem da verdade, foi o pé esquerdo de Cissokho que entrou da melhor maneira no Estádio do Dragão, apenas alguns dias depois de aí ter jogado como visitante. O defesa esquerdo recém-contratado ao V. Setúbal estreou-se com a camisola do F. C. Porto e deixou boas indicações a Jesualdo Ferreira. A defender, Cissokho não deixou que Cris concretizasse as tentativas e subiu sem medo para o ataque pelo corredor esquerdo, entendendo-se bem com Cristian Rodríguez. O lateral francês foi aplaudido pelos adeptos, que parecem ter gostado da solução de Inverno para o maior «buraco» dos tricampeões nacionais.
Bruno Alves, o centro das atenções
O central do F. C. Porto tem estado na ordem do dia, com a eterna questão a ser repetida vezes sem conta: é Bruno Alves um jogador agressivo ou violento? Esta noite, assistimos a um duelo interessante para dar esta resposta. Por um lado, os adeptos do F. C. Porto e, por outro, o árbitro Carlos Xistra. Quando este último apitava falta de Bruno Alves, na sua jogada característica de saltar mais do que o adversário, fazia-o com convicção evidente e sempre com avisos especiais, enquanto os adeptos reclamavam a inocência do camisola 2 do F. C. Porto. Mas Bruno Alves esteve em destaque também fora do seu habitat natural, ou seja, no ataque. Foram dele algumas das melhores oportunidades de golo dos portistas: um cabeceamento, um livre directo e um remate ao poste. Polémicas à parte, saldo muito positivo para o defesa azul e branco.
Guarín, nunca é «a feijões»
Jesualdo Ferreira quebrou todas as regras em Cinfães, ao elogiar um jogador, de seu nome Guarín, em vez do colectivo. O número 6 do F. C. Porto não gosta de jogar «a feijões» e, mesmo numa competição que é apenas a quarta prioridade da equipa, provou que o técnico portista estava certo. Para o colombiano, todos os jogos são a sério. Um exemplo para os mais desmotivados.
Tarik, a meio gás
Esteve cerca de um mês parado e regressou à titularidade da equipa azul e branca numa altura em que já há dúvidas da sua utilidade no plantel. Tarik Sektioui não deu a melhor resposta às críticas esta noite, não aproveitando a oportunidade dada por Jesualdo Ferreira. O marroquino não foi mais do que uma sombra de si próprio ao serviço do F. C. Porto e saiu ao intervalo completamente exausto.
Lito e Miguel Pedro, não podiam ter ficado mais tempo?
O equilíbrio da primeira parte deveu-se, e muito, à acção destes dois jogadores. Miguel Pedro conseguiu ameaçar o meio-campo do F. C. Porto com a sua técnica acima da média, enquanto Lito trocava as voltas a Sapunaru, o mais desatento da defesa portista. Pena que Domingos tenha optado pela dupla saída na ressaca do golo do adversário, porque Lito e Miguel Pedro pareciam ter mais para dar.