Os golos de Wesllem e João Tomás permitiram ao Rio Ave vencer o V. Guimarães, por 2-1, abrindo da melhor forma a participação no Grupo C da terceira fase da Taça da Liga.
O V. Guimarães apanhou um Rio Ave forte, inventivo a meio campo e a desdobrar bons lances de bola, apesar de apresentar cinco novidades na equipa principal. Conforme já tinha demonstrado na derradeira visita à Cidade Berço, para o campeonato, agora, para a Taça da Liga, os vila-condenses evidenciaram o timbre de uma equipa com um carácter forte e concepções de jogo positivas, baseadas nos princípios do colectivo e na correria de entusiasmo de um ataque capaz de dar corpo e alma a uma formação que sonha com qualquer coisa em 2010. Faltou a João Tomás maior eficácia na tarde de Guimarães, durante a primeira parte. Haveria de recompor-se na segunda metade.

Golo para a passividade
O Vitória de Paulo Sérgio tentou jogar para o ataque, resolver o desafio no reencontro entre duas equipas bem estruturadas e próximas ao longo dos últimos meses no actual panorama do futebol português.
Carlos Brito destaca justiça no resultado, Paulo Sérgio discorda
Os «locais» adiantaram-se no marcador através da marcação de um canto cobrado por Milhazes, com Moreno a surgir ao segundo poste a emendar para o golo (1-0).
A vantagem inaugural do V. Guimarães foi decidida num pormenor, perante a inaptidão e equívocos de Magno e companhia. Acresce que a lesão madrugadora de Gaspar obrigou Carlos Brito a recuar André Vilas Boas para a zona central, com algumas consequências, até porque a adaptação retirou alguma solidez ao sector.
Reviravolta em marcha
O Rio Ave surgiu mais revigorado na segunda parte e Carlos Brito mexeu para ganhar ao promover as entradas de Wesllem e Tarantini. Os vila-condenses nunca deixaram de acreditar e operaram a reviravolta em três minutos. Primeiro Magno cobrou um livre e Wesllem subiu para o golo do empate.

Pouco depois, Custódio apareceu na área a disputar um lance com João Tomás. O árbitro João Ferreira não teve dúvidas e assinalou a grande penalidade que o camisola 9 converteu com perfeição (1-2).
João Tomás: «Quero ir ao Mundial»
Depois da demonstração de qualidade na luta por outro resultado, os homens de Carlos Brito souberam conquistar, aguentar e derrotar o V. Guimarães no melhor período de reacção. Os destacados de Vila do Conde temperaram bem a surpresa frente a um adversário que apostou em quatro novas unidades, mas actuou um pouco desligado, extraviado.
O ascendente do Rio Ave sobre o V. Guimarães teve o epicentro na segunda parte, quando geriu melhor os acontecimentos no relvado, até porque seria importante um arranque positivo no «grupo da morte». O desfecho permite um maior desafogo ao Rio Ave para os próximos encontros e «enterrou» as expectativas do V. Guimarães.
FICHA DO JOGO:
Estádio Dom Afonso Henriques, em Guimarães
Árbitro: João Ferreira (A. F. Setúbal)
Auxiliares: Pais António/Nuno Roque
4.º Árbitro: Hugo Pacheco
V. GUIMARÃES: Serginho, Andrezinho, Gustavo, Sereno, Milhazes, Moreno, J. Alves (Custódio, 57m), Desmarets, Nuno Assis, Targino e Douglas (Roberto, 64m)
Treinador: Paulo Sérgio
RIO AVE: Mora, Magno, Gaspar (Ricardo Chaves, 12m), Jefferson, Sílvio, André Vilas Boas, Wires (Tarantini, 57m), Adriano, Bruno Gama, Evandro (Wesllem, 69m), João Tomás
Treinador: Carlos Brito
Marcadores: 1-0, Moreno (30m); 1-1, Wesllem (73m); 1-2, João Tomás (76m, g.p)
Resultado ao intervalo: 1-0
Disciplina: cartão amarelo a Ricardo Chaves (45m), Custódio (76m), Adriano (81m).