Um golo do defesa central Sasso carimbou o primeiro triunfo do Sp. Braga na presente edição da Taça da Liga. Perante uma Académica muito tímida, as segundas linhas de Sérgio Conceição voltaram a ter uma oportunidade depois da derrota no terreno do União da Madeira e conseguiram uma vitória que mantém os Guerreiros na luta pelo apuramento para a próxima fase da prova.
 
Os estudantes não entraram com o pé direito na competição, revelaram muitas limitações e pouca audácia para fazer mais.
 
A pedreira assistiu a um encontro semelhante à sua cor: cinzento. Quase sempre disputado a um ritmo muito baixo, e em que a comunicação entre os jogadores era perfeitamente percetível nas despovoadas bancadas Estádio Municipal de Braga.
 
Na luta entre «Sérgios», o Conceição do Sp. Braga e o Paulo da Académica, as duas equipas apresentaram-se com várias mexidas em relação à última jornada. O conjunto minhoto manteve apenas Éder comparativamente à receção ao jogo com o Sporting, operando, portanto, dez alterações. Do lado da Briosa, apenas Capela, Ofori e Marinho permaneceram no onze em relação ao empate caseiro com o Paços de Ferreira.
 
Sp. Braga superior vê Académica sem Magi(que)a para abanar as redes    
 
Muitas mudanças em ambas as equipas, segundas linhas de Sp. Braga e Académica a baterem-se na Taça da Liga permanecendo uma realidade difícil de esconder; os minhotos dominaram com naturalidade o encontro, tiveram mais bola e jogaram de forma mais incisiva no meio campo estudantil.
 
Ainda assim, a principal arma para visar a baliza de Cristiano foi a meia distância. Os remates de fora da área, Pedro Santos foi um dos que mais tentou, saíam fora do alvo e, por isso mesmo, o domínio Guerreiro não se traduzia em grande perigo.
 
Pelo contrário, a meio do primeiro tempo, a Académica quase esbarrava na corrente do jogo. Num lance confuso no interior da área fruto de um pontapé de canto, o esférico passeou-se pelas imediações da baliza de kritciuk. Não era preciso magia a Magique para atirar para o fundo das redes, o avançado deslumbrou-se e não acreditou que podia abrir o ativo.
 
O lance de perigo espevitou o Braga que se já dominava, passou a rondar de forma ainda mais incisiva a baliza da Académica. Pouco tempo depois do lance de perigo da Académica, um dos poucos em todo o encontro, Pedro Santos obrigou Cristiano a fazer a defesa da tarde, opondo-se com dificuldades ao remate do extremo bracarense, depois de um bom trabalho de Salvador Agra na esquerda.
 
Defesas mostram como se faz
 
Já com Santos em campo, o defesa central entrou ainda no decorrer da primeira parte substituindo o lesionado Boly (o defesa saiu muito queixoso), o eixo da defesa arsenalista foi à área contrária abrir caminho ao triunfo na sequência de um pontapé de canto. Ainda não estavam jogados dez minutos no segundo tempo e Sasso chegou ao golo, desviando subtilmente com sucesso a primeira bola ganha por Santos.
 
Vantagem justa para a equipa bracarense, pelo domínio que assumiu no encontro e também pela falta de argumentos da Académica para importunar Kritciuk. O guarda-redes dos Guerreiros não efetuou nenhum a defesa digna de registo.
 
O encontro assinalou ainda o regresso à competição de Zé Luís. O avançado cabo-verdiano do Sp. Braga voltou aos relvados mais de três meses depois do último encontro.  Zé Luís mostrou que a lesão muscular na coxa esquerda está debelada, uma vez que segundos após a sua entrada em campo, disferiu um potente remate que deixou em chamas as luvas de Cristiano.  
 
De resto, o cabo-verdiano arrancou os maiores aplausos da tarde com a sue entrada, com o primeiro remate, e pouco depois ao chegar atrasado a um lance bem delineado pelo conjunto de Sérgio Conceição.
 
Jogo pobre, parco em ideias e em rasgos de criatividade e de genialidade. Apenas uma bola parada fez com que o abanar das redes fosse uma realidade. Apesar disso, o triunfo arsenalista  justifica-se pelo domínio exercido e pelo pouco que a Académica foi capaz de produzir.