O Moreirense junta-se ao Sp. Braga e vai disputar a final da Taça da Liga, depois de derrotar o Benfica na segunda meia-final disputada no Estádio Algarve. Dramé e Boateng (2) marcaram os golos da equipa minhota, depois de Salvio ter inaugurado o marcador para o Benfica. E, diga-se, foi com mérito que a equipa de Augusto Inácio venceu, escapando com vida na primeira-parte, onde o Benfica foi perdulário, e com uma reentrada forte explorou fragilidades defensivas dos encarnados.

Os dois treinadores procederam a sete alterações em relação ao último jogo. No Benfica, Lisandro, Jardel, Eliseu, Salvio, Carrillo e Rafa foram titulares e no Moreirense Tiago Almeida, Jander, Geraldes, Diego Ivo, Tiago Morgado, Ramirez e Boateng.

O Benfica dominou por completo a primeira metade, entrando rápido sobre a bola e chegou cedo ao golo, por Salvio que finalizou na área após cruzamento largo de Eliseu. Sucederam-se depois outras boas ocasiões para os encarnados dilatarem a vantagem, principalmente por Jonas, mas o certo é que a pontaria não foi a melhor e a magra vantagem não retirou o Moreirense da discussão do resultado, embora a equipa de Augusto Inácio raramente tenha incomodado Ederson, com o primeiro remate dos cónegos enquadrado com a baliza a surgir aos 45+3, num livre de Jander, mas sem causar perigo, com Ederson a encaixar.

O Benfica teve oportunidades mais que suficientes para matar o jogo, não o fez e colocou-se a jeito para a reação do Moreirense, que empatou na primeira jogada na segunda-parte, por Dramé, lançado no reinício por Augusto Inácio. O avançado aproveitou de melhor forma a passividade da defesa encarnada que deixou o franco-maliano isolar-se após excelente abertura de Geraldes.

A partir daí a surpresa deixou de o ser, porque o Moreirense aproveitou a desconcentração do Benfica para ser melhor em tudo no caminho até à final: mais forte na antecipação, nas transições e nas melhores oportunidades de golo: marcou mais dois, com Geraldes a marcar um livre que foi parar aos pés de Boateng após deficiente corte da defesa benfiquista, com o avançado a fazer a recarga e a cambalhota no marcador, com o ganês a bisar depois, após isolar-se num excelente passe de Podence. O Benfica sofreu dois golos (o primeiro e o terceiro) de forma idêntica, com bolos metidas entre Eliseu e Jardel.

O Benfica carregou, principalmente depois da entrada de Zivkovic, e esteve perto do golo, com Jonas a acertar duas vezes nos ferros da baliza de Makaridze. Com o jogo partido, o Moreirense também foi sempre uma equipa perigosa nas rápidas transições que colocavam a equipa sempre em superioridade numérica perto da baliza defendida por Ederson, podendo mesmo ter ampliado a vantagem.

O Benfica foi bem eliminado, falhou golos na primeira parte e cometeu erros defensivos na segunda, mostrando muita apatia e falta de concentração. E voltou a sofrer três golos, depois do recente empate com o Boavista...