O Sporting teve mais cabeça e conseguiu a quarta vitória consecutiva em todas as competições frente ao Rio Ave (2-0) e tem o apuramento para os quartos de final da Taça da Liga no bolso.

Cumpriu-se, por isso, o desejo de Amorim.

Depois de uma primeira parte fraca, os leões melhoraram e conseguiram triunfar graças a um golo de Inácio e um autogolo de Aderllan. Um resultado que se aceita pelo número de oportunidades criadas pelos verde e brancos na segunda metade.

O Sporting apresentou-se em Vila do Conde com Adán na baliza, a única mudança na equipa titular em comparação com o jogo contra o Farense. Tal como o homólogo leonino, Freire também fez apenas uma troca: Samaris ocupou o lugar de Vítor Gomes.

O leão passou mal nos Arcos em grande parte da primeira metade. A partir do 3-5-2, os vila-condenses pressionavam no campo todo e condicionavam a saída de bola do adversário. Consequentemente, o Sporting somou alguns passes errados e perdas de bola.

Permita-me, caro leitor, dedicar um parágrafo a Pedro Porro. O espanhol fartou-se de encontrar soluções para se libertar da pressão contrária ora em drible, ora em velocidade. Iniciou, por exemplo, a jogada que terminou num pontapé perigoso de Nuno Santos (4m). Faltam adjetivos, de resto, para descrever o passe para Paulinho que não acertou bem na bola. Mais tarde, cruzou para um cabeceamento do avançado e iniciou novo lance concluído com disparo de Nuno Santos.

Pelo meio, é justo escrevê-lo, o Rio Ave teve aproximações perigosas à baliza de Adán ambas por Leonardo Ruiz. Se no primeiro ensaio o colombiano errou o alvo, no segundo dominou mal e permitiu a defesa do espanhol.

O Sporting apresentou-se diferente na segunda metade mesmo sem ter feito qualquer mudança. Desde logo, os homens recuados não se inibiram na hora de procurar lançamentos longos para as costas da defesa contrária de forma a bater a pressão alta vila-condense.

As oportunidades sucederam-se. Porro (quem mais?) viu Jhonatan roubar-lhe uma assistência para Paulinho – na recarga Trincão assinou um falhanço incrível. Após nova ameaça de Ruiz, o Sporting marcou. Gonçalo Inácio foi à frente mostrar como se faz e cabeceou para o fundo da baliza rioavista.

Quem diria que o herói leonino poderia estar no Mundial nesta altura caso tivesse sido chamado por Fernando Santos.

O Rio Ave sentiu o golpe sofrido e foi-se ligeiramente abaixo. Aproveitou o leão para continuar a carregar à procura do 2-0. Só não o conseguiu de seguida porque Jhonatan brilhou em lances de um contra um com Porro e Paulinho.

O brasileiro adiou o que parecia ser uma inevitabilidade. Nada pôde fazer para impedir o autogolo de Boateng que fechou as contas do jogo e do grupo. O Rio Ave procurou encurtar as diferenças no marcador nos minutos finais, mas foi o Sporting quem esteve mais perto de marcar por Sotiris.