Portugal está na Rússia para defrontar a seleção local na 2ª ronda do play-off do Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis. Significa isto que a seleção portuguesa vai lutar por se manter no segundo agrupamento mais importante do ténis (no que às competições por países respeita) – logo abaixo do Grupo Mundial (onde estão as seleções mais fortes, como a bicampeã República Checa). Se perder com a equipa russa, Portugal será relegado para o Grupo II (também dividido por zonas continentais).

João Sousa (nº40 do ranking ATP de singulares), Gastão Elias (139º), Rui Machado (280º) e Frederico Ferreira Silva (332º) foram os quatro jogadores escolhidos pelo capitão da seleção portuguesa, Nuno Marques. A seleção russa, capitaneada por Shami Tarpischev, é composta por Andrey Kuznetsov (81º), Evgeny Donskoy (135º), Konstantin Kravchuk (217º) e Andrey Rublev (495º).

Os jogos começam nesta sexta-feira e Nuno Marques, por enquanto, escolheu apenas Sousa e Elias para os encontros divididos pelos três dias, incluindo para fazerem a dupla nos pares, no dia do meio – a seleção dos jogadores pode ser alterada pelo capitão, com a devida antecedência prevista nos regulamentos. Ganha a eliminatória a seleção que chegar às três vitórias. E a ordem nos jogos está assim estabelecida:

Sexta-feira (13:00):
A. Kuznetsov-G. Elias
E. Donskoy-J. Sousa
Sábado (11:00):
K. Kravchuk/A. Rublev-G. Elias/J. Sousa
Domingo (10:00):
A. Kuznetsov-J. Sousa
E. Donskoy-G. Elias



Portugal vai defrontar a Rússia na Taça Davis pela quarta vez e nunca ganhou aos russos: a seleção portuguesa foi batida em 1988, 1990 (pela antiga União Soviética) e 1992 (pela então Comunidade de Estados Independentes). Como o último encontro entre os dois países foi jogado em Portugal, cabe agora à Rússia ser a anfitriã. O Rússia-Portugal vai ser disputado no Estádio Olímpico de Moscovo – recinto coberto - em hardcourt.

Nuno Marques analisa o adversário russo como uma «equipa equilibrada» com «jogadores muito talentosos». Em declarações feitas à Lusa, o capitão de Portugal acredita que os jogadores nacionais podem vencer a seleção da casa pelo seu «nível elevado» e pela sua «maior experiência».

João Sousa coloca também o favoritismo «do lado deles já que jogam em casa e com o público a favor», mas o melhor tenista português de sempre garante que os portugueses estão confiantes no resultado que interessa: «Viemos aqui para vencer.» O objetivo português é agora inverter a tendência de voltar a deixar o Grupo I (o ingresso no Grupo Mundial é um desejo que já foi confessado) conseguindo assim vencer a Rússia pela primeira vez.