O Camacha lutou enquanto teve força e prometeu fazer taça nos minutos iniciais, mas a maior valia individual e colectiva da formação do Sp. Braga fez a diferença (2-3). Os homens de Leonardo Jardim também claudicaram em termos físicos. Manuel Machado perdeu João Pinto, por lesão, mas viu a sua equipa seguir em frente, de forma mais facilitada na segunda parte. Honorato ainda animou os instantes finais e Diop falhou a igualdade ao cair do pano.
O vento que se fez sentir no complexo da Camacha prejudicou o espectáculo que, durante a primeira parte, foi disputado, mas mal jogado. O Sp. Braga deixou alguns trunfos no banco, enquanto o Camacha também se apresentou desfalcado por várias lesões e castigos. Mesmo assim, os locais entraram destemidos e decididos a entrar na história da Taça de Portugal. Foram seus os primeiros remates à baliza, embora sempre à figura de Paulo Santos.
Até que aos 15 minutos dando expressão a esse atrevimento, Diop num bom trabalho consegui bater o guarda-redes bracarense e abrir a contagem, para explosão de alegria dos adeptos locais. A turma de Manuel Machado parecia adormecida e sem conseguir acertar os passos. Mas o golo espevitou os minhotos que, após um canto de César Peixoto na direita, conseguiram empatar, aos 23 minutos, por Rodriguez. O bracarense limitou-se a empurrar a bola, quase sobre a linha de baliza, após um falhanço do guarda-redes Adriano.
Até ao intervalo existiram poucos motivos de interesse para o muito público que encheu o complexo da Camacha.
Erros infantis abrem triunfo
No segundo tempo a formação visitante entrou a pressionar mais, com Manuel Machado a efectuar duas substituições ao intervalo: entraram Linz e Brum, saíram Stélvio e João Pinto (lesionado). Fruto dessa pressão, o Sp. Braga conseguiu chegar à vantagem ao minuto 61. Após um cruzamento de Carlos Fernandes, Linz desviou de cabeça e a bola sobrou para Lenny que, sozinho, encheu o pé e fez o 1-2. Mais uma desatenção da defesa camachense. Mesmo assim, os madeirenses reagiram e podiam ter feito o empate. José Paulo falhou uma clara oportunidade após uma bela assistência de Alex.
A defesa da Camacha continuou a facilitar e aos minuto 70, após um canto de César Peixoto, Jailson surgiu sozinho a cabecear e a dilatar a diferença dando tranquilidade à sua equipa.
Honorato animou e Diop assustou
Mesmo estando em desvantagem os locais lutaram e, em tempo de descontos, Honorato relançou a partida com um belo golo. Só mais um, pediu-se na bancada e quase aconteceu. Dipo teve a igualdade na sua cabeça, após passe de Rocha, mas atirou ao lado. Foi o susto final para o Sp. Braga.
FICHA DE JOGO
Campo Municipal da Nogueira
Árbitro: Pedro Henriques
CAMACHA (4x3x3): Adriano, Carlos Manuel, Agrela, Elton, Pita (Honorato, 76m), José Paulo, Joel Santos, Emanuel, Alex, Diop e Ricardo(Rocha, 62m).
Suplentes não utilizados: Cortes e Guido.
Disciplina: cartão amarelo a Diop, 50m;
Treinador: Leonardo Jardim
SP. BRAGA (4x3x3): Paulo Santos, João Pereira, Rodriguez, Anilton Jr., Carlos Fernandes, Vandinho, Stélvio Cruz (Roberto Brum, 45m), César Peixoto, Lenny (Frechaut, 71m), João Vieira Pinto (Roland Linz, 45m) e Jaílson.
Suplentes não utilizados: Pavel Kieszek, Castanheira, Jorginho e Wender.
Disciplina: nada a assinalar
Treinador: Manuel Machado
Ao intervalo: 1-1
FINAL: 2-3 (Diop, 15m; Honorato, 90m) (Rodriguez, 23m, Lenny, 61m, Jaílson, 70m)