O Leixões recebeu o Caniçal com todo o respeito, colocando em campo a sua melhor equipa, sem direito a gestão de esforço, e teve de sofrer muito para seguir em frente na Taça de Portugal. Depois de ter estado a perder, conseguiu empatar e só marcou o golo da vitória no prolongamento.
Os madeirenses, orientados pelo ex-guarda-redes Bizarro, deixaram uma excelente imagem no Estádio do Mar, apresentando-se muito bem organizados a nível defensivo e nunca descurando o ataque. A formação da série A da II Divisão nunca teve receio, criou oportunidades e só acabou por sucumbir numa fase muito avançada do jogo, em que o cansaço pesou e sobressaiu a melhor preparação física da equipa da casa, que acabou por chegar à goleada.
A equipa da casa entrou melhor, criando várias oportunidades e dando a sensação de que resolveria a partida facilmente. Mas, os golos não surgiam e os madeirenses iam ganhando confiança, fazendo o necessário para manter o adversário alerta na defesa. Marques e Wesley tiveram várias oportunidades para marcar, mais do que uma vez apenas com o guarda-redes pela frente, mas seria Valter a fazer a diferença na última jogada da primeira parte, aproveitando a passividade de Elvis e Beto para colocar o Caniçal em vantagem.
José Mota não esmorecia e apostava no ataque. Em campo estavam já cinco avançados: Zé Manel, Marques, Braga, Wesley e Diogo Valente. Este último viria a desbloquear a situação no início do segundo tempo, com um remate eficaz à entrada da área. Mais uma vez, o Leixões dava sinais de que podia resolver o assunto rapidamente, mas teve de continuar a sofrer, porque o Caniçal nunca desistiu de lutar.
Antes do final dos 90 minutos, um lance que podia ter mudado o jogo. Aos 85, Álvaro cai à entrada da área e reclama falta de Hugo Morais. O árbitro manda jogar, pois o auxiliar, que estava mesmo em cima do lance, nada assinalou. Ficaram dúvidas.
Três golos e assunto arrumado
O cansaço dos jogadores do Caniçal fez-se notar logo nos primeiros instantes do prolongamento e o Leixões, com outra pujança e valores individuais, chegou ao triunfo com facilidade. Wesley marcou logo aos três minutos, num cabeceamento mortífero, abrindo o caminho para a goleada. O resto do tempo foi para «passear», enquanto os madeirenses tentava evitar a humilhação. Marques e Paulo Tavares fixaram o resultado em 4-1.
FICHA DO JOGO
Estádio do Mar, em Matosinhos
Árbitro: António Costa (Aveiro)
Auxiliares: Tiago Leandro e José Oliveira
Quarto árbitro: Jorge Tavares
LEIXÕES: Beto; Vasco Fernandes, Joel, Elvis e Laranjeiro; Bruno China, Roberto Souza, Hugo Morais e Wesley; Braga e Marques
Treinador: José Mota
Substituições: Laranjeiro por Diogo Valente, aos 41m; Vasco Fernandes por Zé Manel (53m); Braga por Paulo Tavares (71m).
Não utilizados: Berger, Diogo Luís, Sandro e Nwoko.
CANIÇAL: Nuno Carrapato; Rui Manuel, João Fidalgo, Bruno Costa e Paulinho; Daniel e André Moreira; Valter, João Rui e Baio; Fonseca.
Treinador: José Bizarro
Substituições: Baio por Dumba (53m); Valter por Álvaro (66m); João Rui por Quaresma (79m).
Não utilizados: Ricardo e Alexandre
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1, Valter (45m); 1-1, Diogo Valente (61m); 2-1, Wesley (93m); 3-1, Marques (108m); 4-1, Paulo Tavares (112m).
Acção disciplinar: cartão amarelo a Rui Manuel (35), Baio (51m), Dumba (88m), Elvis (99m), Álvaro (102m) e Daniel (118m).