O FC Porto teve de sofrer para ultrapassar o Nacional, no Estádio da Madeira, já no prolongamento, e assegurar a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal. Mantém-se em prova a equipa detentora do troféu, depois de fazer frente a uma formação insular que deu luta e atrapalhou certamente a preparação para o clássico com o Benfica da próxima sexta-feira.

A partida iniciou-se com a equipa forasteira mais pressionante, jogando quase sempre no meio campo alvinegro. A melhor ocasião até essa altura, surgiu à passagem dos 10 minutos, numa boa jogada conduzida por Luís Díaz. Depois de serpentear pelos adversários, a bola sobrou para Sérgio Oliveira que tentou colocar o esférico, mas atirou ao lado.

Foi já perto do quarto de hora que o Nacional se aproximou da baliza do FC Porto, mas sem conseguir furar a muralha defensiva azul e branca.

O FC Porto dominava o encontro com boa margem, mas mesmo assim sem criar verdadeiras ocasiões de perigo. Por seu turno, o Nacional tentava responder com alguns rasgos ofensivos, mas demonstrando ainda menos capacidade para assustar Diogo Costa.

Foi através de mais uma jogada bem orquestrada pelos azuis e brancos que, aos 22 minutos, Luís Díaz apontou um bom golo, com a bola colocada a escapar ao guarda-redes do Nacional, já depois de tirar Rúben Freitas do caminho.

Reagiu bem o Nacional, e Rochez garantiu que a vantagem dos dragões não durava muito tempo. Foi aos 25 minutos que o avançado hondurenho recebeu a bola, no centro da grande área, rodou sobre si mesmo, e atirou rasteiro para o fundo das redes para restabelecer o empate.

Aos 31 minutos, na sequência de um livre à esquina da área, Diogo Leite armou o remate, mas a bola bateu no ferro da baliza de Piscitelli, negando o que teria sido um grande golo.

Seguiu pressionante a equipa de Sérgio Conceição, e aos 34, Luís Díaz isolou-se bem em posição diagonal à baliza do Nacional, mas atirou bem perto das malhas, com o esférico ainda a roçar o poste. Dez minutos volvidos, o FC Porto voltou a dispor de uma boa oportunidade, com um livre frontal, bem chegado à grande área, mas Sérgio Oliveira atirou ligeiramente por cima.

Para a segunda parte, os dragões regressaram com os olhos postos na baliza, novamente mais pressionantes, enquanto os alvinegros ainda tentavam mostrar iniciativa a espaços.

A equipa da Cidade Invicta podia ter chegado ao segundo golo através de mais um livre, batido novamente por Sérgio Oliveira, aos 55 minutos, mas Piscitelli negou-lhe o tento.

O FC Porto parecia mais próximo de chegar ao segundo golo, mas à passagem da hora de jogo o Nacional começou a esboçar novas investidas. E não tardou muito até que Gorré conduzisse uma boa jogada, levando a bola até ao último terço, antes de descobrir Riascos na direita. O avançado colombiano não se fez rogado e atirou com força para o fundo das redes, dando a reviravolta no marcador.

Na reação, o FC Porto chegou com perigo à grande área dos alvinegros, e foi quando Rui Correia travou em falta Taremi, já dentro da ‘meia lua’. O central viu o segundo cartão amarelo, mas na cobrança do livre, Sérgio Oliveira atirou outra vez por cima.

A pressão azul e branca persistiu, aproveitando a superioridade numérica, e fazendo a equipa da casa passar por alguns sustos. O maior dos quais ao minuto 71, quando Sérgio Oliveira atirou na direção da baliza, já dentro da grande área, para um corte ‘in extremis’ de um jogador insular.

O empate voltou a estar à vista aos 79 minutos, quando Taremi mostrou classe num remate à queima roupa, desviado ainda por um defesa madeirense. Os dragões tentavam aumentar a intensidade e a pressão chegava a ser sufocante, mas o Nacional respondia bem, manietando os avançados contrários e afastando o perigo, apesar dos calafrios.

Sérgio Conceição apostou tudo no ataque e fez entrar Evanilson, que precisou apenas de segundos em campo e uma jogada para restabelecer o empate, aos 88 minutos. Reentrou o FC Porto na discussão pela eliminatória, mas podia não ter sido por muito tempo, já que, Alhassan chutou de meio campo para tentar surpreender Diogo Costa, que ainda teve de se aplicar.

Ainda houve tempo para o VAR analisar um possível penálti, depois de uma queda de Taremi dentro da área, mas António Nobre acabou por nada assinalar, poucos minutos antes de sinalizar o fim dos 90 minutos e iniciar o prolongamento.

No início do tempo extra, o FC Porto voltou a estar perto de colocar-se na frente em duas ocasiões consecutivas, mas também o Nacional chegou a ameaçar, numa incursão de Francisco Ramos, que acabou travado em falta. Seguiu-se mais uma jogada soberana para Evanilson, com o remate travado por Piscitelli.

Os dragões ameaçavam e chegaram finalmente ao terceiro golo, na cobrança de um pontapé de canto batido por Otávio para a entrada da área, onde surgiu Sérgio Oliveira a rematar para o fundo das malhas.

Até ao final, os dragões souberam segurar a vantagem perante as derradeiras investidas dos madeirenses. Isto até Taremi assinar o seu nome na lista dos marcadores, sentenciando o resultado em 4-2, já depois de Evanilson ter falhado um golo quase certo, minutos antes.

Houve ainda tempo para um penálti para o Nacional, depois de Loum ter tocado a bola com o braço, mas Vincent Thill atirou para a defesa de Diogo Costa, segundos antes do apito final de António Nobre.