A FIGURA: Dyego Sousa

Com ele o ataque do Sp. Braga é outra louça. O brasileiro entrou aos 58’ e quase que por magia o ataque dos minhotos passou a criar oportunidades de golo em catadupa. Numa delas, aos 64’, o ponta-de-lança brasileiro acertou nas malhas, mas do lado errado. A ameaça tornar-se-ia letal aos 86’, quando Dyego encheu o pé e resolveu acabar com a eliminatória.

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O MOMENTO: minuto 86’. Dyego resolveu à bomba

Estava difícil o jogo para o Braga. Já se adivinhava o prolongamento em Felgueiras quando Dyego acabou por encurtar a noite e resolver a eliminatória a quatro minutos dos 90. Tudo começou num pontapé de Marafona desde a baliza, Dyego ganhou nas alturas, tocou para Paulinho, que amorteceu de peito, devolvendo-a. O resto é uma bomba fabricada pela arte e engenho de Dyego. Um pontapé fortíssimo de fora da área, a uns 25 metros, que só parou no fundo das redes. GOLAÇO!

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OUTROS DESTAQUES:

Leandro

Viu o cartão amarelo logo aos 8’, por uma entrada sobre Paulinho, mas não só teve discernimento para manter altos níveis de concentração defensiva, como na frente acabou por apoiar muito o ataque e tornar-se num jogador importante no processo ofensivo.

Diego Silva

Bracarense e formado no Sp. Braga, o guarda-redes do Felgueiras foi segurando a eliminatória quase até ao final. Teve algumas boas intervenções durante a partida, como uma defesa a um remate em arco de Fábio Martins. Só não teve forma de evitar a bomba de Dyego Sousa, que resolveu o jogo e a eliminatória, a quatro minutos dos 90.

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Luther Singh

O miúdo do Soweto saltou da equipa B para a estreia na equipa principal e esteve em bom plano. Veloz – muito veloz mesmo – Luther Singh surgiu sobre o lado direito do ataque. Mostrou qualidade no drible e facilidade de remate. Aos 45’ visou com perigo a baliza do Felgueiras numa das melhores oportunidades do Braga na primeira parte. Pelo que mostrou esta noite em Felgueiras o sul-africano de 21 anos bem pode afirmar «I have a dream». Se esse sonho for jogar na equipa principal do Braga.

Fábio Martins

Sobre a esquerda do ataque, coube-lhe o papel de principal foco de desestabilização da defensiva contrária. Eduardo esteve desinspirado, Paulinho não foi eficaz, pelo que era sobretudo Fábio Martins a causar perigo com as suas arrancadas. Aos 61’ teve nos pés o golo, com um remate em arco, que Diego Silva defendeu.

Marafona

Depois de uma longuíssima paragem de meio ano por lesão, Marafona já havia sido chamado à baliza do Sp. Braga para um jogo da Taça da Liga. Desta vez, o regresso na Taça de Portugal e com uma noite inspirada. O melhor exemplo disso é a forma como salvou o golo do Felgueiras aos 54’, salvando em cima da linha de golo um cabeceamento de Marafona.