O Sp. Braga pôs um travão no périplo do Santa Clara pelo Minho, seguindo em frente na Taça de Portugal. Os pupilos de Carlos Carvalhal foram de uma competência extrema, não facilitaram e marcam presença nas meias-finais da prova rainha do futebol português com um triunfo sobre os açorianos (2-1).

Após eliminar o V. Guimarães e o Moreirense, numa carreira já histórica na prova, o Santa Clara não passou na pedreira, esbarrando num Sp. Braga que, apesar de trocar oito elementos em relação ao último jogo, mostrou atributos para resolver o jogo com relativa tranquilidade sem passar por calafrios.

Com combinações a roçar a perfeição, de processos ofensivos simples os bracarenses chegaram ao intervalo a vencer por dois golos de vantagem, apontado por Ricardo Horta e Abel Ruiz, praticamente arrumando com o jogo. Uma vantagem que foi suficiente com um serviço de quartos (de final) rápido e eficaz.

Serviço de excelência

Encaixado, o jogo começou com grandes cautelas. As duas equipas sabiam que em causa estava uma eliminatória e, por isso, os primeiros minutos foram muito de índole estratégica e com pouco grau de risco. Ainda assim o Sp. Braga jogava de forma mais convicta no meio campo adversária.

Mesmo com estas cautelas o Sp. Braga chegou-se à frente com um serviço de entregas de excelência. Ricardo Horta fez o primeiro da noite, ao minuto 25, correspondendo um serviço irrepreensível de Abel Ruiz na direita. Tudo simples: passe a rasgar de Fransergio, Abel Ruiz trabalha na direita e dá para Ricardo Horte abrir o ativo. Azar para o Santa Clara, que sofreu golo quando estava em inferioridade numérica.

Sem capacidade de resposta, os açorianos sofreram o segundo em cima do intervalo, ficando com uma missão hercúlea pela frente. Ataque rápido do Sp. Braga, Galeno acelerou pelo corredor esquerdo e foi à linha solicitar o remate de primeira de Abel Ruiz. Depois de assistir o espanhol fez também o gosto ao pé. Desta vez o requinte do serviço esteve ao cargo de Galeno.

Gestão apenas com um sobressalto no último minuto

A vantagem de dois golos com que o Sp. Braga foi para o intervalo acabou por se revelar suficiente para seguir em frente na eliminatória, marcando encontro com o vencedor do jogo entre o Gil Vicente e o FC Porto. O conjunto de Carlos Carvalhal geriu o jogo sem sobressaltos.

Até podia ampliar a vantagem no segundo tempo, mesmo a gerir claramente o resultado, mas Esgaio, este principalmente, esteve alheado da rede adversária. Por duas vezes teve o golo nos pés, mas errou o alvo. Na segunda tentativa a pontaria foi tanta que o lateral atirou com estrondo ao ferro.

Sem qualquer remate enquadrado à baliza nos noventa minutos, o Santa Clara acabaria de dar o ar da sua graça nos descontos, chegando ao golo ao sexto minuto de compensação, ainda que sendo insuficiente para evitar a saída daquela que é a sua melhor participação de sempre da Taça de Portugal. Segue a sua saga o Sp. Braga, continuando em todas as frentes ainda possíveis.