O FC Porto está nas meias finais da Taça de Portugal depois de bater, em Barcelos, o Gil Vicente e discutem com o Sp. Braga o acesso à final. Dois golos numa vitória sofrida dos dragões, numa partida que teve duas histórias. Os portistas entraram a ganhar, com um golo de Tecatito Corona, e dominaram o primeiro tempo. Na segunda metade, os galos equilibraram a partida, mas não foram eficazes, acabando por Taremi selar o placard já muito perto do fim.

O detentor da prova entrou em campo com pressa de resolver o jogo rapidamente. Sérgio Conceição já pôde contar com os regressados Sérgio Oliveira, Evanilson e Luís Diaz, jogadores que testaram positivo à Covid19, mas só último entrou diretamente, fazendo o lugar do ausente Marega. Na baliza, como habitualmente nas taças, Diogo Costa assumiu a titularidade.

Do lado dos galos, equipa que nunca derrotou o FC Porto em jogos da Taça de Portugal, também fez algumas mudanças. Na baliza estreou-se Beunardeau, Henrique Gomes rendeu Talocha no lado esquerdo da defesa, e o capitão Rúben Fernandes também ficou a ver a partida do banco de suplentes. Depois dos três centrais apresentados em Braga, Ricardo Soares voltou ao esquema habitual (4-3-3).

Com uma pressão intensa sobre o adversário, os azuis e brancos recuperavam muitas bolas a meio campo e foi assim que chegaram ao golo. Antes, deixaram o aviso. Corona ganhou o esférico e deu para o remate frontal de Luís Diaz, para boa intervenção de Beunardeau. Logo de seguida, os papéis inverteram-se e foi a vez do colombiano isolar o mexicano que, à saída do guardião gilista, picou o esférico por cima e abriu o placard.

Os dragões, muito serenos no jogo, continuavam a controlar as operações e continuavam a criar perigo junto da baliza barcelense. Contudo, havia muita cerimónia na hora de atirar à baliza. A melhor oportunidade acabou por surgir de bola parada, com um livre frontal apontado por Matheus Uribe a sair a rasar o poste. O melhor que os gilistas conseguiram, foi também de livre. Lourency cruzou da esquerda e acabou por ser Taremi a cabecear para defesa segura de Diogo Costa.

Galos mais afoitos

O descanso fez bem ao Gil Vicente que entrou para o segundo tempo com a alma renovada. Os barcelenses regressaram mais agressivos na pressão, com o bloco mais subido, criando mais dificuldades aos dragões. Ricardo Soares fez duas alterações ao intervalo, mas foi com a saída de João Afonso que a equipa melhorou. Claude Gonçalves recuou para a posição seis e Pedrinho foi para o miolo de terreno, ele que se estreou de galo ao peito.

Numa excelente jogada coletiva, os gilistas tiveram a melhor ocasião de golo de todo o encontro. O esférico veio da direita para a esquerda para os pés de Lourency, tendo o extremo ajeitado para o remate de Lucas Mineiro, que acertou com estrondo no poste. Diogo Costa estava batido. Os dragões sentiram o perigo, cerraram fileiras e não mais permitiram veleidades ao opositor, acabando por dar o xeque-mate já perto do fim.

Sérgio Oliveira, que entrou no decorrer do segundo tempo, isolou Taremi que, à saída de Beunardeau, picou o esférico por cima do francês, fixando o resultado final em 0-2. Já os galos saem da competição de crista bem levantada, enquanto os azuis e brancos seguem para a meia final, disputada a duas mãos: a primeira em Braga e a segunda no Dragão.