Daniel Ramos, treinador do Marítimo, em declarações na sala de imprensa do Estádio Campo de Ribes, após o triunfo no prolongamento, frente à AD Oliveirense, na 4.ª ronda da Taça de Portugal.

«Foi um jogo difícil, mas já estava à espera. Acontecem jogos deste género na Taça de Portugal porque as equipas dos escalões inferiores entram com uma motivação muito alta, querem-se mostrar. A Oliveirense teve uma grande entrega e colocou-nos dificuldades. Alertei para essas mesmas dificuldades antes da partida. Quando a equipa não está a 100 por cento, acaba por passar por dificuldades. Tivemos um registo razoável, podíamos ter feito a diferença em alguns momentos e não conseguimos. Depois surgiu a desvantagem no marcador e tivemos de correr atrás. Nesse momento, a Oliveirense ficou confortável e sentiu que podia fazer uma surpresa.  Tentámos responder, melhorámos a nossa circulação de bola e conseguimos fazer o golo. Depois, na segunda parte, não conseguimos fazer essa boa circulação de forma permanente.»

«Como disse, é natural isto acontecer. Já estive do outro lado e sei o que é a motivação, o estar no jogo e perceber que as coisas começam a correr bem enquanto correm mal ao adversário. Ainda assim, tivemos mais ao menos o jogo controlado. Acho que nos faltou perceber melhor determinados momentos do jogo, espaços que podíamos explorar. O sintético é uma contrariedade, mas não é uma desculpa.

Quando a equipa tem quatro ou cinco situações que correm de forma anormal, é normal perder confiança. Temos mérito na forma como acreditámos, conseguimos empatar duas vezes e depois passar para a frente de um jogo. Foi um espetáculo bom de seguir, não muito técnico mas com grande disponibilidade de parte a parte. Parabéns às duas equipas: à minha porque seguiu em frente e à Oliveirense por se ter batido muito bem.»

[Pela primeira vez desde 2014-15 o Marítimo passou a 4.ª ronda]:

«Pensei nisso durante a semana. Quando o Marítimo passa esta ronda chega longe. Espero que seja um bom presságio. Foi difícil, mas acabámos por passar. É evidente que o sorteio terá um papel fundamental no processo nas nossas ambições, mas não só. Em jogos contra equipas como esta temos de perceber o que fazer. Queremos chegar o mais perto possível da final, todos querem chegar à final. Eliminatória a eliminatória vamos ver, com todo o realismo que nos é conhecido. Neste momento preocupa-me que a equipa continue a ganhar, a desenvolver-se e espero conseguir ganhar mais opções.»