Rui Vitória, treinador do Benfica, após o triunfo (0-1) frente ao Olhanense na terceira eliminatória da Taça de Portugal:
 
«Esperava dificuldades, porque não há jogos fáceis. Sabemos que estes jogos da Taça têm este condão tão interessante, em que muitas vezes as equipas que não estão no mesmo nível competitivo aproveitam o momento, o palco, o estádio, o jogo televisionado. Portanto, esperava dificuldades e aí, mérito à equipa do Olhanense, por ter sido muito bem organizada a explorar o contra ataque, quando tinha de o fazer. Fizemos o golo cedo e tivemos mais oportunidades na primeira parte, em que poderíamos ter resolvido o jogo. Na segunda parte é o jogo típico de Taça, apesar de o vencedor termos sido nós e isso ser o mais importante.»
 
«Aproveitamos para colocar outras características em campo, para trabalhar outros aspetos, e fiquei agradado com aquilo que vi, no sentido das prestações de alguns jogadores que têm menos ritmo competitivo e uma modificação que fizemos no meio-campo, em que houve essa ligeira nuance para testarmos hoje. Não ganhando por uma margem muito grande, deu para ganhar outras coisas, nomeadamente esse ritmo desses jogadores.»
 
 Estreia de Douglas? «É evidente que é um primeiro jogo, não só do Douglas, mas de mais alguns. E mesmo alguns que, já tendo jogado, têm muitos poucos minutos de jogo. São sempre primeiros jogos, com um intervalo grande e ritmos competitivos, concretamente no caso de paragem mais longa, que vão melhorar com o tempo. Não individualizando, genericamente, com os jogadores que jogaram de início e depois mais a entrada do João [Carvalho], do Martin [Chrien] e do Diogo [Gonçalves], que acrescentaram quando entraram, atingimos o que queríamos, que era os jogadores ganharem esse ritmo competitivo.»
«Este era o início de um novo ciclo, de um novo bloco de jogos. Não um ciclo como se houvesse uma mudança do que estamos ou andámos a fazer. Temos aspetos a melhorar e há jogadores que ficaram em Lisboa e que tornam o grupo mais completo, com mais soluções. Naquilo que eram os nossos objetivos, gostávamos de ter marcado mais, mas no objetivo de pôr alguns destes jogadores a ter mais ritmo competitivo, fiquei satisfeito. Mas há muitos aspetos por melhorar.»
 
«Logo a seguir ao primeiro golo, temos ali duas bolas com muita probabilidade de êxito e não concretizamos. A equipa do Olhanense, fechando-se bem e organizada do ponto de vista defensivo, foi sempre esperando que a qualquer momento pudesse ir para o contra-ataque. Faltou materializar aquelas oportunidades, para criar uma expetativa mais negativa no adversário. Assim, acreditaram sempre. Um jogo que acontece de Taça de Portugal, em que ganhamos nós mas que a equipa de escalão inferior aproveitou o momento, todo o contexto, e acabou por fazer uma boa partida.»