*Por Lourenço Martins de Carvalho

Rui Vitória, treinador do Benfica, após a vitória (0-3) frente ao Sertanense em jogo a contar para a terceira pré-eliminatória da Taça de Portugal:

«Sim, sabíamos que somos melhores e que, com estas escolhas, temos valor para ganhar o jogo. Os jogadores que jogaram hoje são internacionais e podem disputar qualquer contexto competitivo, aqui ou na Liga dos Campeões. Os jogadores sabiam o que tinham de fazer e, por vezes, estes jogos complicam-se, as equipas fecham-se, mas com o primeiro golo, há um desbloqueio. Na segunda parte, procurámos mais remates de fora e ganhamos naturalmente. Mas ganhámos mais, porque ganhámos um Yuri, que jogou há 48 horas e teve hoje dinâmica muito boa, o Corchia, o Jonas e Ferreyra. E acabámos com seis jogadores da formação e com Alfa Semedo a central. Há uma série de pontos muito positivos.»

[Jonas e Ferreyra] «Queria trabalhar o Jonas com dois homens ao lado e também mais um colega ao lado. Comecei com o Jonas sozinho na frente também porque temos a nossa dinâmica dessa forma e quisemos manter. Mexemos no setor defensivo mais do que queria e a equipa tinha menos rotinas, portanto queria um meio-campo que estancasse mais o jogo. E depois partir para a solução de dois avançados. Foi executado e pensado como queria.»

[Jogadores da formação] «Acabámos com seis formação, não sabemos o futuro, mas sabemos o trabalho que temos feito na formação. Seis jogadores jogaram aqui e, mais dois ou três anos, estamos a falar de jogadores com muitos minutos e jogos. Há aqui matéria-prima para, no futuro, meter jogadores da formação. Não é um chavão ou uma obsessão. A qualidade é o primeiro critério. Hoje foi um dado real, mas eles é que tem o seu futuro nos pés e na cabeça.»

«A leitura técnica é que tínhamos de procurar zonas na defensiva contrária, com bolas nas costas, faltou dinâmica para entrar na defesa. Dominámos a partida toda e temos de perceber que temos um jogo na terça feira, com um adversário de patamar diferente, e os jogadores pensam nisso. Posso dizer que há miúdos, de 16 e 17 anos, que já estão no meu radar. Cada jogador que temos no Benfica é um projeto de jogador, agora tudo depende da resposta que dão. E nesses todos vai sempre aparecer matéria prima para a equipa principal. Tudo o que conseguirmos meter na cabeça dos jogadores é importante para eles crescerem.»

[Titularidade e braçadeira para Samaris] «A minha visão sobre o futebol não é essa. É um jogador que, dentro da linha de capitães, era o que estava há mais tempo. Agora se vai ou não jogar, na nossa forma de pensar, são coisas sem importância. Joga se tem de jogar, não joga se não tiver de jogar. Jogou os noventa minutos porque estava a corresponder.»