O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, admitiu que os compromissos de seleções das últimas semanas, e que retiraram alguns jogadores aos dragões, condicionou a preparação para o encontro com o Vila Real, para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.

«[A ausência dos jogadores internacionais] limita sempre aquilo que é o trabalho e a preparação dos jogos. Tivemos muitas ausências [nas duas últimas semanas], alguns dos meus jogadores chegaram hoje, ainda não os vi, e nesse sentido sem dúvida que interfere e de que maneira na preparação do jogo. A equipa que vai entrar nesse jogo tem a ver exatamente com isso, com os jogadores que estiveram connosco durante a semana», argumentou nesta quinta-feira, em conferência de imprensa.

O técnico azul e branco foi questionado sobre as palavras de Pinto da Costa acerca de Herrera, a dizer que o médio mexicano pediu seis milhões de euros para renovar contrato, e afirmou que o presidente é soberano: «Em todos os clubes acontece [jogadores em final de contrato], o ano passado tivemos a mesma situação. O presidente é soberano, temos de aceitar e não comentar. Tive a oportunidade de falar com ele [Herrera] sobre este jogo e sinceramente não falei em nada do que foi comentado pela imprensa. Tudo aquilo que são contratos e que anda à volta do futebol deixamos à porta do Olival [Centro de Estágios do FC Porto]. Estamos atentos, mas o nosso foco está no trabalho diário», disse.

Conceição acabou por voltar ao tema dos jogadores em final de contrato, Herrera e Brahimi, por insistência dos jornalistas. No entanto, o treinador dos portistas voltou a recusar tecer grandes comentários sobre a situação contratual dos dois futebolistas.

«Preocupado com o rendimento dos dois jogadores? Preocupa-me o rendimento da equipa. Não avalio os jogadores apenas pelo que fazem durante o jogo. Há outros aspetos que são valorizados. Alguns jogadores atravessam um momento menos bom, outros estão melhor. Isso faz parte da vida das equipas. O meu discurso no balneário com os jogadores tem a ver com o que se passa no relvado», concluiu.