Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na sala de imprensa do Dragão, após a goleada frente ao Arouca (4-0) que deu a passagem aos quartos de final da Taça de Portugal:

«Foi uma vitória justa. Houve momentos bons, continuámos muito bem a nível defensivo. Estivemos atentos às saídas rápidas do Arouca. Também não tínhamos permitido nada ao Casa Pia. A diferença é que melhorámos no processo ofensivo e demos mais trabalho ao Arouca. Isso vai de encontro ao que disse na antevisão, o tal brilho nos olhos.

O Toni fez o que lhe competia. Fico contente com isso, os avançados vivem de golos, mas fico contente pelo trabalho que fez e pela forma determinada e ambiciosa com que esteve no jogo, não só nos lances que finalizou. É o que espero dos reforços que vão lá para dentro. Ele fez a sua obrigação.»

[Revelou o onze antes do jogo porquê]: 

«Foi genuíno. Estava a preparar-me para uma pergunta sobre um ou outro jogador que não tivesse estado tão bem contra o Casa Pia e ia dizer que esse ia jogar. Mas naquele momento disse o que disse. 

Foi para espicaçar e defender os jogadores. Dou-me muito mal com a derrota. Não é normal não ganharmos, é normal ganharmos. Isto sou eu. Está relacionado com o percurso que tive ao longo da minha vida e o que foram algumas das dificuldades que tive desde miúdo. Achei que todos os dias eram uma boa oportunidade para ser melhor. É isso que tento fazer. Tento que percebam os felizardos que são por fazerem o que gostam e ainda ganharem algum dinheiro, muito em comparação com a maioria dos portugueses ainda para mais com a carga de impostos que temos. Sou muito chato, mas é a minha forma de estar no futebol e na vida. É dessa forma que estamos diariamente no clube, eu, os jogadores e quem nos acompanha no Olival. Esse é o meu estado de espírito.»

[Motivo para a saída do Veron ao intervalo e a entrada do Toni]:

«Coloquei o Toni e mais dois jogadores a fazerem exercícios de aquecimento aos 25 minutos. Tínhamos o jogo controlado, mas não estávamos a agredir o adversário como queríamos. O Veron é um jogador muito interessante com outro espaço. Com a dinâmica que estávamos a ter ou o metia a jogar no corredor ou tinha de o tirar. Foi por isso. Ele não estava a jogar mal, mas o jogo pedia um jogador de características diferentes.»