Declarações de João Henriques, treinador do Moreirense, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, após o triunfo na Taça de Portugal (3-2) frente ao V. Guimarães:

«O jogo começa equilibrado, com oportunidades de um lado e de outro e com o Vitória a ter mais bola, mas hoje a primeira vez que a bola vai à nossa baliza não é golo. Começa por aí, fomos eficazes e podíamos ter marcado mais, tenho de enaltecer a qualidade de jogo, hoje com a felicidade de termos a vitória do nosso lado. Depois desta vitória já estamos a tratar do jogo de sexta-feira, que é o mais importante agora, contra uma grande equipa. Todas as equipas têm ambição nesta prova, começam com o sonho de chegar à final, vamos em frente sem medo de sermos felizes nesta prova rainha da Taça de Portugal, onde todos os jogadores sonham ganhar um título».

[Diferente do jogo do campeonato?] «Foi um jogo diferente, são jogos completamente distintos. Em Guimarães estávamos em desvantagem e fomos à procura do resultado, aqui fomos nós a dominar. Mérito para o Moreirense, é de valorizar as formas diferentes como se reagiu à desvantagem, no nosso caso a dominar e a criar. Temos de continuar numa dinâmica de vitórias, a jogar de forma consistente, porque como temos vindo a dizer mais cedo ou mais tarde vão aparecer as vitórias, também com uma pontinha de felicidade, como hoje. Há um pouco de ansiedade, como hoje no fim, e terminar um jogo de 3-0 a sofrer dois golos».

[Equipa desligou?] «Infelizmente, nós ficámos empolgados com aquilo que estávamos a fazer. O Vitória não estava a encontrar caminho para a baliza, começámos a jogar individualmente num momento em que era para desfrutar com responsabilidade, em que perdemos alguma responsabilidade. Serve para alguns jogadores crescerem e aprenderem, porque o jogo decorre até ao árbitro apitar. Aqueles últimos cinco minutos não foram o que planeámos, a equipa desorganizou-se e podia ter sido fatal. Vamos falar muito sobre os cinco minutos finais».

[Sorteio] «Sabemos que há dois ou três equipas hipoteticamente mais frágeis, mas é isso, hipoteticamente. Não podemos escolher, o adversário que nos calhar é o que vamos tentar ultrapassar, de preferência em casa, para chegar o mais longe possível, e o mais longe possível é a final».