O Sp. Braga segue para os oitavos-de-final da Taça de Portugal mas não ganhou para o susto perante o Praiense, do Campeonato de Portugal. O triunfo (2-1) apenas foi conseguido nos derradeiros minutos com uma cabeçada de Paulinho, quando pairava no ar o prolongamento.

A equipa de Abel Ferreira dominou o encontro, mas sem capacidade para fazer mossa, deixando que o Praiense desfizesse a vantagem que João Novais construíra no início do segundo tempo.

Cresceu a equipa insular, chegou a assustar e a ameaçar a surpresa, mas um golpe de bola parada nos derradeiros minutos do encontro resgatou o Sp. Braga, traçando uma sentença cruel para a equipa de Francisco Agatão.

Confira a ficha de jogo e o relato ao minuto

Domínio territorial inequívoco do Sp. Braga, as diferenças que a teoria deixava antever foram transportadas para o relvado e a equipa da Liga assumiu as rédeas do jogo quase que em exclusivo, instalando-se no meio campo adversário.

Por seu turno, o emblema do terceiro escalão aceitou a posição submissa e fez por se agrupar de forma organizada em frente à sua área, limitando o raio de ação ao Sp. Braga e condicionando a estratégia do conjunto de Abel Ferreira. Montou-se o cerco à baliza de Tiago Maia, o Sp. Braga tentava uma circulação de bola paciente de forma a abrir brechas, mas os açorianos foram aguentando.

Vários lances de frisson por parte do Sp. Braga foram alimentando a ideia de que mais tarde ou mais cedo a bola acabaria por entrar, tendo esse cenário saído fortalecido com a bola mandada ao poste quase que acidentalmente por Paulinho. A resposta do Praiense saiu dos pés de Danny Esteves com um remate que obrigou Marafona a esforçar-se a meio da primeira parte.

Entrada confiante antes do sufoco

O nulo ao intervalo levava o Sp. Braga corado para as cabines. A supremacia em todos os capítulos do jogo menos no que verdadeiramente conta, os golos, deixava as bancadas inquietas e fazia que a «réstia de esperança» dos açorianos subisse proporcionalmente com o evoluir do cronómetro.

Algo que se alterou nos primeiros instantes da segunda metade. Os bracarenses entraram com a corda toda e João Novais mexeu com o marcador logo aos dois minutos. Lance no lado esquerdo, Sequeira serve João Novais e o médio atira de primeira com o pé esquerdo encaminhando o triunfo bracarense.

Estava feito, por ventura, o mais difícil, pensar-se-ia. A resposta do Praiense não foi enérgica, o Sp. Braga continuou a dominar territorialmente mas sem grande convicção e sem capacidade para ampliar o marcador.

Sequeira, Paulinho e os outros: os destaques do jogo

Paulatinamente, o Praiense lá foi dando um ar da sua graça. O capitão João Peixoto atirou ao ferro de canto direto e o Sp. Braga tremeu. Ficou desorientado e viu os açorianos chegar à igualdade, de forma merecida, a um quarto de hora do fim.

Grande penalidade a castigar mão na bola de João Novais, que João Peixoto transformou em golo. Alegria com sotaque da Praia da Vitória, o Praiense ameaça o Sp. Braga e acredita numa surpresa que ia sendo legítima.

Paulinho resgatou o Sp. Braga. O vento soprava com força, o cenário era negro e pouco convidativo, a equipa de Abel acusou o golo em demasia, mas quase em cima da hora um livre deu o triunfo sofrido, demasiado sofrido ao Sp. Braga.

Os Guerreiros marcam presença nos oitavos-de-final da Taça de Portugal, mas com uma dose considerável de felicidade. Morreu na praia o Praiense!

Veja o resumo do jogo: