FIGURA: Gonçalo Inácio

Numa noite que não foi do leão, o jovem central português acabou por ser, sobretudo, o elemento que manteve maior consistência do primeiro ao último minuto. Foi, a par de Ugarte e Porro, o melhor da equipa do Sporting na primeira parte e, se o uruguaio e o espanhol perderam algum fulgor na segunda, Gonçalo Inácio manteve alguma serenidade, segurança e coesão na defesa. Batalhou com Taremi e Evanilson na retaguarda leonina, aguentou cargas e teve qualidade no passe, embora a equipa de Ruben Amorim tenha revelado algumas dificuldades na saída de bola na última meia-hora de jogo.

MOMENTO: Matheus Nunes esbarra em Marchesín (51m)

Foi a melhor oportunidade do Sporting para relançar-se ainda mais na eliminatória pela final da Taça de Portugal. Numa rara situação de cara a cara com Marchesín – além do golo anulado a Sarabia – os leões viram o argentino levar a melhor. Matheus Reis descobriu bem o espaço na linha defensiva portista e lançou Matheus Nunes em velocidade. O remate foi travado pelo número um dos dragões.

OUTROS DESTAQUES

Ugarte: o uruguaio esteve bem sobretudo na primeira parte, mas na segunda, sensivelmente a partir da hora de jogo, perdeu algum rendimento no meio-campo. Dos primeiros 45 minutos, de destacar o músculo e a vontade que deu no meio-campo, ganhando alguns duelos individuais que possibilitaram ao Sporting ter alguma posse e saída. Acabou substituído imediatamente após o 1-0, aos 82 minutos, por João Palhinha, já com a eliminatória praticamente perdida.

Adán: praticamente sem trabalho de grande exigência individual na primeira parte, evidenciou-se na segunda com algumas defesas vistosas e também eficazes. A primeira foi ao minuto 58, num remate colocado de Fábio Vieira. Também teve uma boa defesa a remate de Vitinha (72m), mas pouco pôde fazer para negar o golo ao compatriota Toni Martínez.

Matheus Reis: foi dos que mais duelos ganhou em campo e dos que menos falhou na equipa do Sporting, ainda que não tenha feito a diferença que era necessária no encontro. Mostrou alguma consistência a defender, travando alguns lances interessantes no lado esquerdo defensivo, nomeadamente com Pepê. Fez, aos 51 minutos, um passe magistral para Matheus Nunes se isolar, na melhor ocasião dos leões, negada por Marchesín.

Pedro Porro: manchou uma exibição que não foi das piores do lado da equipa do Sporting, com a falta dura (e feia) sobre Galeno perto do minuto 90, que lhe valeu o cartão vermelho direto. Na primeira parte e até nos momentos iniciais da segunda, foi quem mais conseguiu disfarçar algumas dificuldades do Sporting na saída de bola, ao apostar (e ao ganhar) duelos individuais, em velocidade, pelo corredor direito.