* por Tomás Faustino

Nuno Gomes, treinador do União da Madeira, em declarações aos jornalistas após a derrota com o V. Guimarães (0-2) para a Taça de Portugal:

«Para quem percebe de futebol, é óbvio que existem diferenças entre as duas equipas e isso viu-se na maneira como se desenvolveu o jogo, a nível do passe e de outras variantes. Mas realço que a nível competitivo não se sentiram grandes desníveis.

O União da Madeira esteve bem montado e os jogadores cumpriram muito bem com a ideia de jogo que tínhamos. Já sabíamos que o Vitória ia querer jogar com uma grande dinâmica nos corredores, com acelerações para o lado contrário, ou através de combinações indiretas. No entanto, tivemos algumas desconcentrações que se pagam caro contra equipas deste calibre.

Sabíamos que tínhamos de aguentar os primeiros 20 a 25 minutos e que depois, quer queiramos quer não, existiria alguma ansiedade na equipa do Vitória. Conseguimos isso e começámos a acreditar mais no processo, naquilo que o jogo nos estava a dar. Pensávamos ir para o intervalo com o empate, mas surgiu uma desatenção nossa que eles aproveitaram com muito mérito.

Quero ressalvar que não deixámos de ter atitude nem de tentar pressionar mais alto, acabando o jogo com três defesas. Muita gente pode criticar a postura, mas para mim 2, 3 ou 4-0 é sempre derrota. Tivemos uma atitude de louvar, acabámos o jogo sempre a acreditar que iríamos fazer o golo de honra, e se calhar até o podíamos ter feito.

É este o ADN desta equipa, que não sabe jogar doutra maneira. Os meus jogadores são uns heróis e têm todo o mérito em cá chegar.»