O Rio Ave apurou-se para a quarta eliminatória da Taça de Portugal, após ter batido o União FC, equipa da AF Coimbra. As esperanças de termos Taça em Gavinhos chegou a aparecer mas os vilacondenses revelaram-se mais fortes no segundo período, confirmando as expectativas que havia sobre o desfecho desta eliminatória.

Ainda assim, o começo de jogo na freguesia de Figueira de Lorvão foi morno, com o Rio Ave a assumir o domínio da bola perante uma equipa naturalmente mais defensiva embora capaz de sair com algum atrevimento para o contra-ataque.

Foi preciso chegarmos ao minuto 20 para assistirmos à primeira grande oportunidade do desafio, com a primeira de várias intervenções decisivas do guarda-redes da casa, Gonçalo. Guedes isolado desperdiçou, algo que Nélson Monte e Yazalde também fizeram nos dez minutos seguintes. Este foi, provavelmente, o melhor período do primeiro tempo da equipa de Pedro Martins.

Mas o União não se deixou ficar: com um trio de ataque rápido e atrevido, a formação dos arredores de Coimbra quase inaugurou o marcador, por intermédio de Jocy. O Rio Ave sentiu o toque e voltou a carregar sobre a defensiva da casa, sendo que Gonçalo foi uma vez mais gigante a travar os intentos de Guedes e companhia.

Apesar de tudo, a última grande ocasião do primeiro tempo pertenceu ao União Futebol Clube: o interessante nº10 Diogo Melo lançou Jocy na frontal da área e este disparou para uma defesa do outro mundo de Rui Vieira.

Um Guedes mais assertivo e um belga a vapor…

Ao intervalo, Pedro Martins não mexeu na equipa mas há de ter espicaçado os jogadores vilacondenses, que entraram agitados e depressa foram criando perigo. Ao sétimo minuto, Guedes finalmente acertou com a baliza, na sequência de um excelente cruzamento de Edimar.
O Rio Ave baixou um pouco a intensidade depois de ter chegado ao golo mas ia controlando o jogo sem grandes problemas e aumentando o ritmo de quando em vez, sobretudo quando o veloz Kayembe pegava na bola nos corredores laterais.

As oportunidades para a formação vila-condense foram-se sucedendo, mas a falta de pontaria e a tarde inspirada de Gonçalo iam adiando o segundo golo do Rio Ave, que apenas chegou a nove minutos dos 90 min., após uma excelente jogada individual do melhor jogador dos forasteiros, Kayembe. O belga esteve realmente em grande plano, notando-se a clara diferença para os demais num jogo disputado num relvado de curtas dimensões.

O jogo estava agora sim definitivamente resolvido, mas não sem que antes Kayembe não voltasse a fazer das suas, assistindo Tarantini para o golo que fechou o pecúlio.

Em suma, vitória normal do Rio Ave perante um adversário muito digno e com um tremendo espírito combativo. Apesar do desfecho previsível, a festa foi realmente muito bonita. Taça pura.