Mariano, trabalhador incansável
Insiste em provar de cada vez que é chamado ao onze o que disse há poucos dias: que está muito melhor esta época. Trabalha imenso, procura a bola junto à linha, no centro e mais atrás, aparece várias vezes em jogo e é um alimentador insistente do ataque. Nem sempre faz tudo bem, mas tenta. Pelo meio ainda rematou duas vezes com muito perigo.
Raul Meireles, a competência como perfeição
Merecia como poucos o golo que marcou. Um golo cheio de arte, num remate colocado, indefensável. À imagem de Raul Meireles, portanto. Competente. Competente na cobertura dos espaços, na recuperação de bolas, no lançamento das transições rápidas. Competente ainda nas bolas paradas, que duas vezes colocou na cabeça de Bruno Alves.
Rodriguez, um rompedor com pressa
Teve participação directa nos dois golos: ameaçava marcar no momento em que Vidigal lhe tirou a bola com a mão, para o penalty que Lucho converteu; rematou depois contra Mariano, levando a bola para o remate vitorioso de Raul Meireles. No resto esteve mais discreto, mas abriu ainda a defesa adversário um par de vezes em iniciativas individuais.
Bruno Alves, outra vez irrepreensível
Cometeu uma falta, que o não é frequente apesar da agressividade que coloca em todas as bolas. Para além disso, limpou a zona de acção de uma forma irrepreensível, surgindo um par de vezes ainda a auxiliar a falta de ritmo de Stepanov. Em duas descidas à área adversária quase marcava, mas os cabeceamentos saíram ao lado e à figura de Nélson.
Lucho e Lisandro, mais fumo do que fogo
Fartaram-se de aparecer em jogo, de criar e de desperdiçar ocasiões de golo. Lucho ainda marcou, é verdade, mas foi de penalty. Lisandro marcou também, em fora-de-jogo: não contou. O que contou, isso sim, foi uma série de ocasiões desperdiçadas por dois jogadores que não estão na plenitude da confiança, mas trabalham que se fartam.
Varela, podia ter relançado a eliminatória
Teve nos pés a oportunidade de relançar a eliminatória, quando aos 88 minutos recebeu a bola de um ressalto: o remate foi desviado para canto. Não marcou, é certo, mas merecia. Fartou-se de trabalhar, de criar problemas a Sapunaru e Stepanov, de ameaçar a baliza portista. Uma amostra do que os adeptos podem esperar na próxima época.