Hulk

Assinou uma exibição pautada por lances exasperantes, na etapa inicial, daqueles que provocam a ira dos adeptos. Contudo, esteve nos principais momentos de perigo e resolveu um problema deveras bicudo. entrada para o último quarto-de-hora, quando o F.C. Porto denotava crescentes dificuldades em chegar à área contrária, provou que o caminho mais curto para o sucesso é uma linha quase recta. Fintou um adversário, flectiu para o centro e disparou. Um golo com marca registada: à Hulk. Dobraria a parada numa jogada de encher o olho. Correu para evitar uma saída de bola pela linha lateral, percorreu meio-campo, recebeu de Belluschi e desenhou um arco mais vincado. Dois golos, que pedir mais?

Pedro Alves I

Sub-capitão do Pinhalnovense, o guarda-redes foi o principal responsável pela crescente inquietude do F.C. Porto. Faltam-lhe o nome pomposo, o equipamento berrante e o aparato na abordagem aos lances. Vai defendendo sem grande estilo, privilegiando a eficácia. Durante largos períodos, todos os ataques portistas terminaram nas suas mãos. Terá comedido grande penalidade sobre Hulk, ainda na primeira parte, mas escapou. Fez tudo o que estava ao seu alcance para fazer a festa da Taça de Portugal. Soberbo! Só não conseguiu travar a magia de Hulk na recta final do encontro.

Miguel Soares

Destaque individual com extensão colectiva. Miguel Soares teve nos pés a melhor oportunidade de golo do Pinhalnovense, uma equipa ousada, guerreira, arrumada. Diogo Figueiras é um lateral deveras interessante, Mustafá e Semedo formam uma dupla aguerrida a meio-campo e Miran usa bem a sua experiência na frente. Faltou apenas evitar a inspiração de Kieszek e Hulk. Ao minuto 70, Miguel Soares apareceu à entrada da área do F.C. Porto e rematou em arco para uma defesa espectacular do guardião polaco. O Pinhalnovense tombaria pouco depois.

Kieszek

Talvez afectado pelo erro crasso na oportunidade anterior, começou o jogo com nervos à flor da pele, evidentes na forma como cedeu um canto desnecessário, quando tentou servir um companheiro com os pés. Porém, ao minuto 70, provou o acerto da sua contratação: voo apertado e providencial, negando o golo ao Pinhalnovense. Hulk marcaria pouco depois. A vitória também foi sua.

Fernando

Regresso ao onze, ocupando o lugar que Guarín foi conquistando na sua ausência. Entrou no relvado com tremenda mentalidade ofensiva, abandonando a sua posição para causar desequilíbrios em lances de ataque. Em soberba jogada de entendimento com James Rodriguez, chegou a surgir na marca de penalty, qual ponta-de-lança, provando que esse não é o seu habitat natural: atirou para a bancada! Com o tempo, perdeu o atrevimento e limitou-se à habitual segurança defensiva.

Belluschi

Vários ensaios de meia distância, com qualidade. Menos acutilante que o habitual, a carrilar o jogo ofensivo do F.C. Porto, deixou ainda assim imagem positiva. Esteve até mais agressivo que o habitual na disputa de bola. Assistiu Hulk no segundo golo dos dragões.

Mariano González

O calvário foi longo mas André Villas-Boas está a conceder oportunidades para uma recuperação imediata dos índices físicos. Após uma partida como suplente utilizado, Mariano surgiu no onze e recebeu a braçadeira de capitão como factor extra de motivação. Empenho não faltou, mas o argentino é um jogador tradicionalmente preso de movimentos e, sem ritmo, isso tornou-se ainda mais evidente. Saiu ao minuto 54, para dar o lugar a Varela. O F.C. Porto mudou para melhor.