Um regresso em grande de Hilário á baliza do Nacional foi importante para a equipa de Manuel Machado seguir em frente na Taça de Portugal. Além do que fez durante os 120 minutos de jogo, foi decisivo nas grandes penalidades que desempataram a partida, defendendo três remates.
A vitória do Nacional foi valorizada pela excelente réplica dada pelo Imortal de Albufeira, conjunto que milita na II Divisão, e que entrou em campo para discutir o jogo sem receios, patenteada pelo 4x3x3 que Rui Gorriz utilizou. Jorginho, muito rápido, e a grande compleição física de Detinho, atrapalharam muito o último reduto adversário.
O Imortal começou melhor, mas aos poucos o Nacional foi-se impondo a meio-campo, com Chainho e Bruno a destacarem-se. Chilikov e André Pinto, os pontas-de-lança de uma equipa que se apresentou em 4x4x2, apareceram em cena, e a tendência de jogo mudou. Ao búlgaro foi anulado (13m) um golo por posição irregular, mas o aviso foi dado, e, aos 26 minutos, adiantou a sua equipa no marcador, finalizando na zona frontal, sem oposição. Depois foi a vez de André Pinto entrar em cena, mas a pontaria não o deixou brilhar, falhando duas boas ocasiões de golo.
Mas, Jorginho (36m) colocou de novo os insulares em sentido, acertando no poste esquerdo da baliza de Hilário, em desvio de cabeça. Manuel Machado viu que o adversário estava a empertigar-se, e mudou o sistema retirando um dos pontas-de-lança, no caso André Pinto, e colocou em campo um médio-defensivo.
O início da etapa complementar não mereceu nenhum registo nos blocos de apontamentos, até que aos 73 minutos, Filipe Cândido, com o pé direito, devolveu a emoção e competitividade ao jogo, empatando-o (1-1).
Até final do tempo regulamentar, a bola andou sempre próxima das balizas, estado que se manteve também durante o prolongamento, mas com a equipa da casa a ser mais perigosa. Como a pontaria não foi a melhor, a decisão teve que se remeter para a lotaria das grandes penalidades, e aí, Hilário foi gigante, defendendo três remates dos albufeirenses. A felicidade esteve com o Nacional da Madeira, mas o Imortal também a merecia.