Emoção, golos e a vitória a cair para o Benfica, que foi quem mais fez por ela, mas que o Rio Ave obrigou a sofrer para conquistar três pontos que deixam a águia na liderança isolada do grupo A da Taça da Liga.

A correr atrás da desvantagem, a equipa de Vila do Conde mostrou que também valoriza a Taça da Liga e deixou boa imagem, sobretudo na segunda parte, tendo ficado perto de empatar a partida, mesmo depois de ter estado a perder por dois golos de diferença.

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Aos encarnados valeu um coletivo muitos furos acima, mas também um Salvio que continua em grande e um Gedson que promete - e cumpre, para já - dar muitas alegrias ao Benfica.

Importante injeção de moral também para os homens de Rui Vitória que, na quarta-feira, se estreiam na Liga dos Campeões, frente ao Bayern Munique. E importante referir que só mesmo após o final da partida isso deve ter chegado ao pensamento dos encarnados.

Taça da Liga, a outra vencedora do dia

Parecem distantes os tempos em que a Taça da Liga parecia uma competição menor. Pelo menos a avaliar pela intensidade com que as equipas a disputam atualmente. Os chamados «três grandes» já parecem não ter pudor em assumir a vontade de vencer também a Taça da Liga e isso só beneficia competitividade de mesma.

Também porque as equipas que normalmente andam longe da discussão do título, veem na Taça da Liga um bom palco para procurar brilhar, não faltando exemplos de equipas que chegam longe e vencem mesmo a outrora mal-amada Taça da Liga.

Os casos mais visíveis são os do V. Setúbal que venceu a edição de estreia e o Moreirense que triunfou há dois anos. Mas também o Rio Ave tem historial de registo na prova, com uma presença na final de 2013/14, perdida para o Benfica.  

E com estes pergaminhos lançados, importa dizer que foi bom o jogo proporcionado entre Benfica e Rio Ave, na jornada inaugural da fase de grupos, com incerteza no marcador até ao final e duas equipas que procuraram declaradamente o sucesso.

É verdade que ambos os treinadores promoveram mudanças nas equipas – cinco cada -, mas o melhor elogio que se pode fazer é que isso não prejudicou a qualidade do espetáculo.

O Benfica chegou à vantagem por Salvio, que tem sido uma das suas principais figuras das águias neste início de época. Seferovic foi derrubado por Gabrielzinho na área e o argentino não desperdiçou o castigo máximo, batendo um Léo Jardim que já havia negado o golo a Seferovic logo aos 5 minutos de jogo.

Em vantagem, o Benfica passou a estar mais confortável no jogo e o Rio Ave pareceu acusar demasiado a desvantagem, demorando em criar perigo. Mas não foi por falta de tentativas. Galeno e Diego Lopes bem levavam a equipa para a frente, mas parecia faltar sempre clarividência na hora de decidir.

Jogo anima… com o 2-0

A segunda parte abriu praticamente com o segundo golo do Benfica. Arrancada forte de Salvio a fletir da direita para o meio e a entregar para Rafa que surgiu isolado pelo corredor esquerdo do ataque para a rematar cruzado para o 2-0.

Ponto final na emoção? Nem por sombras. O segundo golo sofrido parece ter mexido com o orgulho dos homens de José Gomes, que partiram com tudo para cima do adversário.

E a reação só demorou cinco minutos a fazer-se notar no marcador. Em nova arrancada de Galeno pela esquerda, André Almeida ficou para trás e o brasileiro cruzou para a entrada de Diego Lopes, que com uma simulação deixou para o remate certeiro de Vinícius.

Ora, o Benfica voltou a acelerar em busca do conforto no resultado e com um Rio Ave atrevido e a querer ser feliz, foram de emoção os minutos que decorreram até ao final da partida. 

Seferovic voltou a ameaçar, Bruno Moreira ficou a centímetros do empate, e a vitória acabou por sorrir ao Benfica, para deleite dos mais de 30 mil espectadores presentes na Luz.

Não é isso também um sinal de vitalidade da prova, num dia em que até convidava para a praia?