A FIGURA: Ricardo Horta

O melhor em campo no segundo jogo das meias-finais da Taça da Liga. Deem-lhe espaço para ver o jogo e ele sabe quase sempre o que fazer. A assistência (de pé direito) para o golo inaugural de Abel Ruiz foi tão perfeita que a dúvida sobre quem faturou (se o espanhol ou ele) ainda não se encontra desfeita. Na segunda parte, voltou a ser decisivo, servindo (agora de pé esquerdo) Tormena para o 2-1 pouco antes da hora de jogo. Ainda executou dois passes perigosos para Fransérgio: no primeiro o médio brasileiro cabeceou ao lado e no segundo atirou para o fundo das redes, mas em fora de jogo por 61 centímetros. Não precisou de ter muita bola para ser decisivo e o estas linhas prova-o. Com ele, o Sp. Braga não anda ao pé-coxinho.

 

O MOMENTO: golo de Tormena, MINUTO 59

Depois de um susto a abrir a segunda parte, o Sp. Braga recompôs-se, estabilizou, atirou uma bola à trave e depois passou das ameaças aos atos com a hora de jogo à vista. Tormena apareceu nas costas de Todibo (que estava a pô-lo em jogo) e não desperdiçou mais um presente de Ricardo Horta. O golo não só valeu a passagem dos minhotos para a final da Taça da Liga, como lhes deu confiança para abordarem a meia-hora final, na qual não passaram por grandes sobressaltos.

 

OUTROS DESTAQUES

Matheus: assinou duas grandes defesas a remates de Seferovic e Pizzi, uma no final das primeira parte e outra no minuto inicial da etapa complementar. Disse «presente» nas vezes em que foi chamado a intervir. Não foram muitas, mas foram decisivas para a magra vitória dos arsenalistas.

Fransérgio: foi um perigo apontado à baliza e Helton Leite, aparecendo várias vezes em zona de finalização. Esteve perto do golo na primeira parte e cabeceou à trave pouco antes do segundo golo do Sp. Braga. Ainda festejou o 3-1, mas estava adiantado. Fui mais um segundo avançado do que um terceiro médio.

Abel Ruiz: antes de inaugurar o marcador aos 28 minutos, aparentemente com um desvio ligeiro de cabeça, já estava a ser um dos elementos mais perigosos do Sp. Braga. Por duas vezes, Weigl negou-lhe as intenções: primeiro quando se preparava para receber em profundidade e ficar na cara de Helton Leite; depois quando o alemão se colocou à frente da baliza. Está claramente atrás de Paulinho nas opções de Carlos Carvalhal, mas mostrou que pode ser uma mais-valia ainda que tenha características diferentes do internacional português.