A FIGURA: Pires provou que a idade é só um número

Quando todos davam por certa a vitória do Benfica, eis que o veterano avançado do Portimonense, melhor marcador da II Liga na época transata, decidiu dar a provar aos encarnados o mesmo veneno e marcou logo na primeira jogada da segunda parte. O golo relançou a partida e agitou o jogo e também as bancadas da Luz, dando alento aos algarvios para procurar mais. Não só esteve no primeiro golo, como também conseguiu dar o seu cunho no segundo. Um poço de valentia aos 36 anos, a comprovar que velhos são os trapos.

O MOMENTO: Jadson gelou a Luz e colocou justiça no resultado

O jogo estava aberto e com o vencedor indefinido, mas o central do Portimonense colocou alguma justiça no resultado, ao fazer o golo do empate dos algarvios já perto do final. Uma sapatada para o fundo das redes e um balde de água fria gigante para as bancadas. Momento decisivo e que pode deixar marca para o que resta da época, para um lado e para o outro.

OUTROS DESTAQUES:

Jonas

Começam a faltar palavras para descrever a importância do brasileiro neste Benfica. Marca e faz jogar, é a verdadeira força motriz por trás da equipa de Rui Vitória. Neste encontro marcou um golo madrugador que acabou por ter peso no desenrolar da partida, visto que deu uma tranquilidade (aparente) e permitiu um maior controlo sobre o jogo, pelo menos na primeira parte. A somar-se a isso teve ainda dois passes para golo, que demonstraram toda a sua classe e o porquê de agora ser a principal referência no ataque. Vem atrás dar jogo, cria desequilíbrios na frente, é um faz-tudo nas águias. Mas não chegou.

Tabata

Enquanto esteve em campo foi uma verdadeira dor de cabeça para os defensores do Benfica, sobretudo para André Almeida. Dos pés do extremo do Portimonense não só saiu a assistência para o primeiro golo, como ainda podia ter saído o golo que daria, então, o empate ao conjunto algarvio, ainda na primeira parte. Exibição muito bem conseguida do extremo.

Svilar

Passou de herói a vilão num jogo apenas. Na primeira parte teve duas intervenções de qualidade, incluindo uma em que revelou reflexos muito apurados, mas acabou por borrar a pintura na segunda parte, ficando diretamente ligado ao golo do empate do Portimonense. A «fera» que José Mourinho elogiou passou a ser novamente segunda opção e desta vez tremeu mais do que Rui Vitória pretendia, seguramente. Numa posição como a dele, os erros pagam-se caros, e os de Svilar esta noite podem ter custado uma Taça.