O Moreirense conquistou a sua primeira Taça da Liga ao derrotar o Sporting de Braga, no Algarve. Uma conquista com mérito mas que também contou com a ajuda de Matheus, guarda-redes dos arsenalistas, que foi infantil na abordagem do lance que ditou o único golo do jogo. Cauê, eleito o MVP do jogo, aproveitou a asneira de Matheus para marcar de grande penalidade, num jogo fraco, mas emotivo no final.

Augusto Inácio promoveu seis mudanças em relação ao jogo com o Benfica: saíram Tiago Almeida, Jander, Diego Ivo, Tiago Morgedo, Ramirez e Boateng e entraram André Micael, Rebocho, Roberto, Fernando Alexandre, Dramé e Sagna e dispôs a sua equipa em 4x2x3x1, com Fernando Alexandre e Cauê como médios mais defensivos, e Dramé, Geraldes e Podence nas ações ofensivas com Roberto a ser o homem mais adiantado da equipa de Augusto Inácio.

O Sporting de Braga apenas efetuou uma alteração no onze inicial em relação à meia final que disputou com o Vitória de Setúbal, com Jorge Simão a mexer no centro da defesa, deixando Rosic no banco e promovendo a entrada de Velázquez. O treinador dos arsenalistas não alterou o habitual 4x4x2, com Rui Fonte e Stojiljkovic mais adiantados. Xeka e Battaglia ocuparam a zona central do meio-campo e as alas ficaram por conta de Pedro Santos e Ricardo Horta.

Apontado como favorito, o Sporting de Braga não provou esse estatuto e assumiu (ou foi obrigado a...) uma atitude expectante, e só nos instantes finais do jogo conseguiu colocar alguma incerteza na vitória do Moreirense. Até aí a equipa de Moreira de Cónegos teve sempre o jogo sob controlo, retirando espaço ao adversário, principalmente fechando os corredores, obrigando a equipa de Jorge Simão a procurar atacar pelo meio, zona bem povoada por jogadores do Moreirense, dificultando a progressão. Só quando Jorge Simão foi arriscando mais ofensivamente e começaram a aparecer os cruzamentos é que Makaridze começou a ter trabalho. E o georgiano até acabaria por efetuar uma defesa por instinto, evitando um golo que parecia certo.

Com avançados rápidos, o Moreirense explorou bem o jogo lateral, com Podence novamente em grande. Mas, tal como o Braga, e apesar de ser mais objetiva, a equipa de Augusto Inácio também não conseguia construir situações privilegiadas de remate. Os guarda-redes viviam uma noite tranquila, até que um deles cometeu uma asneira que acabaria por ser decisiva para a atribuição do troféu: Geraldes entrou na área e o brasileiro sai aos seus pés para agarrar a bola e, imprudentemente, levantou o pé para derrubar o médio emprestado pelo Sporting ao Moreirense. Cauê apontou o de forma irrepreensível o castigo máximo.

Um golo caído do céu, e que o Moreirense soube defender com determinação até final, merecendo conquistar o troféu. E, como refere a Liga de Clubes, é o Campeão de Inverno de 2016/2017.