Na véspera da final da Taça da Liga, Carlos Carvalhal frisou que a derrota em Alvalade, há três semanas, «nada têm a ver com este jogo». Lembre-se que os bracarenses perderam por 2-0 em casa dos leões num duelo do campeonato.

«A história e o passado não contam para nada, não têm nada a ver com este jogo. Há um foco muito grande das duas equipas, que vão querer ganhar, o Sporting é um adversário difícil, que joga bem, com um bom treinador, temos respeito máximo, mas queremos a taça para nós», começou por dizer, na conferência de imprensa de antevisão.

O treinador do emblema minhoto sublinhou que a sua equipa «está mais equilibrada» em comparação com o jogo da Liga ante o Sporting.

«Tivemos algumas dificuldades na altura por causa da covid-19, ainda que não a fazer o onze, mas, com mais opções, estamos mais preparados e equilibrados e isso é um ponto positivo que queremos explorar. O que conta é a estratégia e a dinâmica de jogo e espero que o Braga tenha a mesma dinâmica, principalmente a ofensiva, e que sejamos nós a levar o troféu para Braga num ano de centenário», reforçou.

Carlos Carvalhal fez ainda questão de destacar o crescimento do clube nos últimos anos, frisando que o Sp. Braga «estará sempre a morder os calcanhares» de Sporting, FC Porto e Benfica.

«O presidente [António Salvador] foi muito claro em recentes entrevistas sobre o posicionamento do Braga: foi, é e será sempre outsider dos três grandes, pela sua grandeza social, pelo investimento, pela proteção que têm a nível geral. O Braga estará sempre a morder os calcanhares de um deles, que se possa distrair numa época, ou dois, ou três, que é mais raro, mas já aconteceu, aí o Braga pode ter uma palavra a dizer», referiu.

Ainda assim, vincou, os ditos três grandes «são e serão sempre os principais candidatos». «O Braga luta por diminuir essa diferença e tem escalado uns degraus [nessa luta], sendo que isso não invalida, como no último jogo com o Benfica, em que provou que foi melhor, que, no campo, jogue olhos nos olhos perante qualquer adversário, em qualquer estádio», completou.

O treinador confessou não estar preocupado por Helton Leite, guarda-redes do Benfica que testou positivo à Covid-19, ter defrontado os arsenalistas na passada quarta-feira.

«Vivemos num meio extremamente controlado, depois da minha casa, o meu local de trabalho é onde me sinto melhor, tudo o que seja fora disso cria-me alguma ansiedade, até estar aqui. Pode acontecer a qualquer um hoje em dia [ficar infetado], mas temos que fazer tudo o que está ao nosso alcance para manter o futebol, ser um exemplo de luta contra o vírus, levar a nossa empreitada de início ao fim. As pessoas estão em casa e nós somos pagos para entreter as pessoas», disse.