As declarações de Vítor Oliveira, treinador do Portimonense, na sala de conferências do Estádio da Luz, após o empate a duas bolas frente ao Benfica, na 2.ª jornada da Taça da Liga.

«Não fiquei com a ideia de que poderia ter ganho com outras linhas, nem a discuto, porque esta foi a equipa que entendemos ser a melhor para este jogo. Ninguém garante que se jogássemos com a dita melhor equipa poderíamos ter a intensidade que fui mantendo ao longo do jogo e que serviu para recuperar o resultado de 2-0»

«O 2-0 ao intervalo era exagerado para o que as equipas fizeram. As duas melhores oportunidades foram nossas, com duas bolas e duas boas defesas do Svilar. Ao intervalo fiz ver que o Benfica teria de quebrar, pelo esforço do próximo jogo em Alvalade e em Tondela. O Benfica não teve a intensidade necessária para desequilibrar e nós aproveitámos, e as coisas não saíram como o Benfica desejava. Penso que o empate é um resultado justo»

[resultado sabe a pouco?]

«Não sabe a pouco nem sabe a muito. O mais importante para nós é que houve jogadores que precisavam de ser postos à prova. Nos últimos nove meses, o Jadson fez 12 minutos no Dragão. Era preciso ver o valor dele neste momento, tal como do Inácio, Ryuki e Pires, que não tem sido utilizado com muita frequência. A resposta foi positiva e eles vão dar jeito numa segunda volta que todos pensamos ser muito difícil e competitiva»

[trocava este empate pela derrota na Liga?]

«Trocava este empate pelo resultado do outro jogo [2-1 na Liga], óbvio que sim. Não estamos focados na Taça da Liga. Vamos ver o que dá o jogo entre Setúbal e Braga, se o Setúbal não conseguir ganhar, tudo será discuto na última jornada. O nosso foco é o campeonato, mas não vamos descurar o jogo da Taça, vamos encará-lo com seriedade, aguardando pelo próximo resultado. Se tivermos de fazer contas, depois vamos para Braga com total empenhamento e à espera de fazer um bom resultado»

[tem um gosto especial quando vê o adversário ser assobiado?]

«Não acredito que qualquer treinador da Liga fique contente por ver o adversário ser assobiado. Poderá dar jeito psicologicamente, e tem mais impacto quando se tratam dos grandes, porque tem mais gente. Durante o jogo dá jeito, porque jogadores intranquilos não conseguem exteriorizar as capacidades. Mas não há nenhum que goste que o adversário seja assobiado. Com a qualidade do Benfica, não merecem muitas vezes os assobios, mas faz parte do futebol, sabemos que os que assobiam são também os que mais apoiam nos bons momentos. Mas é verdade que faz mossa»