A figura: Walter

Depois do golo em Coimbra, o avançado brasileiro voltou a dar motivos a Vítor Pereira para confiar nele. Começou cedo a testar a pontaria, e ainda antes do intervalo chegou ao «hat trick». Já em período de descontos chegou ao quarto golo da conta pessoal, e está ainda na assistência para o tento inaugural, marcado por Defour.

O estreante azarado: Iturbe

O prodígio argentino não foi muito feliz, no primeiro jogo de dragão ao peito, e saiu ao intervalo, provavelmente devido a um problema no cotovelo, do qual se queixou várias vezes na primeira parte. Enquanto esteve em campo procurou fazer diagonais para a zona central, um pouco à imagem de Messi, a quem é comparado (e também como faz Hulk), mas o piso sintético dificultou a condução da bola, e a muralha defensiva do adversário deixava pouco espaço para furar.

O estreante mais em foco: Alex Sandro

Consciente de que o adversário atacava pouco, o lateral brasileiro procurou conquistar pontos com algumas incursões pelo flanco. Ao minuto 14 esteve mesmo perto de marcar, quando apareceu solto na área, mas Marco Pinto negou-lhe essa intenção.

O estreante discreto: Bracali (e Kadu)

Ao que tudo indica será o titular na Taça, e terá de esperar por outras ocasiões para tentar «incomodar» Helton. O Pêro Pinheiro pouco ou nada rematou. Limitou-se a mostrar bom jogo de pés, quando para isso foi solicitado pelos colegas da defesa. O mesmo se aplica a Kadu, que jogou os últimos dez minutos, sensivelmente.

O momento: Belluschi traça a diferença

Estavam cumpridos 33 minutos, e o F.C. Porto já vencia pela margem mínima, quando Fernando Belluschi proporcionou o momento mais espectacular do encontro. O médio argentino caminhou para a bandeirola e fez dois adversários pensar que só queria ganhar o canto, para depois ultrapassá-los com um toque de classe. Caminhou pela linha de fundo e depois picou a bola para Walter marcar.

Outros destaques:

Djalma:

Titular pela primeira vez, o angolano também aproveitou a ocasião para somar pontos. Marcou dois golos e fez ainda a assistência para um dos tentos de Walter. Foi depois substituído por Rodríguez, certamente com sentimento de dever cumprido.

Rui Janota:

Mostrou que não joga apenas por ser filho do treinador (e neto do presidente). Mostrou bons pormenores na organização de jogo, sobretudo na fase inicial do jogo, mas geriu mal o esforço, e por isso acabou por ser dos elementos que quebrou cedo, em termos físicos.