* por Lourenço Martins de Carvalho

A Câmara Municipal de Oleiros e a Associação Recreativa e Cultural de Oleiros (ARCO) fizeram tudo para que o jogo se realizasse em Oleiros e o objetivo foi cumprido. Uma grande festa para os habitantes de uma zona que foi devastada pelos incêndios durante o verão.

Motivada por jogar no seu estádio, a ARC Oleiros entrou com vontade de disputar o jogo, sem se limitar a defender. O Sporting, obviamente com mais bola, instalou-se no meio-campo adversário, mas sem criar grandes oportunidades de perigo.

FILME E FICHA DE JOGO

Após os dez minutos iniciais, os forasteiros, como seria de esperar, começaram a chegar com perigo à baliza adversária, mas Luís Pedro respondeu sempre bem, primeiro a cabeceamento de Matheus Oliveira e, de seguida, a remate de Gelson Dala.

Os verde e brancos continuaram a dominar o encontro e Mattheus voltou a ameaçar, ao atirar a bola ao ferro. O aviso foi dado e golo acabou mesmo por surgir. Jonathan Silva tirou o cruzamento a meia altura, Jackson falhou o corte e a bola sobrou para Palhinha, que não desperdiçou.

A vantagem deu ainda mais tranquilidade ao Sporting, que continuou a controlar as operações. O Oleiros tentava reagir, recorrendo ao jogo direto para Jackson, mas a luta era desigual e difícil de vencer.

A dez minutos do descanso surgiu a grande oportunidade para a equipa da casa. Vasco lançou Luís Pedro na esquerda, o lateral cruzou para área e Jackson falhou na cara de Salin. O avançado brasileiro teve tudo para igualar a partida.

O lance de perigo deu ânimo ao conjunto oleirense, mas logo a seguir os comandados de Jorge Jesus fizeram o segundo. Podence centrou na direita para o segundo poste, onde apareceu Mattheus Oliveira, cabeceando para novo golo.

O intervalo chegou com uma vantagem de 2-0 para o Sporting, plenamente justificada. Apesar de não estar a realizar uma grande exibição, a equipa leonina foi melhor e criou muitas oportunidades de perigo. A ARC Oleiros tentou combater a superioridade adversária, mas não teve muito sucesso.

No segundo tempo, o conjunto de Lisboa entrou com vontade de gerir a vantagem e os caseiros, que fizeram duas substituições de cariz ofensivo ao intervalo, procuraram um golo que os fizesse entrar novamente no jogo.

A oportunidade acabou mesmo por surgir e, novamente, por Jackson. O avançado brasileiro tirou André Pinto do caminho e rematou rasteiro, mas Salin respondeu com uma boa defesa.

Tal como aconteceu na primeira parte, pouco depois de uma boa oportunidade da ARC Oleiros o Sporting fez golo. Podence ganhou na direita, centrou para a área, onde Palhinha, de pontapé de moinho, fez o terceiro e o segundo da conta pessoal.

Os três golos de vantagem tiram qualquer dúvida – se é que ainda existia – sobre quem seria o vencedor do encontro. Os «leões» controlaram o encontro ao seu ritmo e os jogadores da casa começaram a sentir desgaste físico.

Mas a equipa da casa ainda teve forças para chegar ao golo de honra. A dez minutos do final, Petrovic escorregou, Jackson ficou isolado, fez a diagonal e, na cara de Salin, não falhou. Um merecido prémio para a ARC Oleiros e para o avançado brasileiro.

Rafael Leão também quis deixar o seu nome na lista de marcadores. Podence, mais uma vez, fez o que quis de um defesa e serviu Rafael Leão, que empurrou, de cabeça, para o 4-1.

Mesmo a acabar, Djô Djô fez o segundo golo da equipa da casa. Defesa incompleta de Salin, com o avançado brasileiro aproveitar da melhor maneira.

Vitória sem contestação do Sporting, que foi sempre a melhor equipa em campo. A ARC Oleiros apresentou-se a bom nível e deixou uma boa imagem perante um adversário muito superior.