Apesar de dominar o jogo, o Benfica ainda tremeu com o inesperado golo do Vianense. Num jogo em que os encarnados pecaram por falta de eficácia, Jardel acabou por picar o bilhete para a próxima eliminatória da Taça. O Benfica venceu por 2-1 um Vianense que lutou com todas as armas que tinha.
 
Com algumas lesões e outras poupanças em jogadores, Rui Vitória chamou Sílvio, para o lugar de Nelson Semedo na direita da defesa, Carcela e Nuno Santos. Já Andres Madrid acabou por apresentar um onze sem surpresas, optando por colocar mais homens no meio campo, e deixando Marcio sozinho na frente.
 
A jogar contra um adversário do Campeonato Nacional de Seniores, o Benfica fez o que lhe competia e assumiu as despesas do jogo desde o apito inicial. Aliás, logo no primeiro lance do jogo, Talisca conseguiu isolar-se na área, mas Jonas saiu-lhe aos pés.
 
Os encarnados continuaram a mandar no jogo. Mitroglou cabeceou ao lado, numa noite em que esteve sempre com a pontaria desalinhada, logo a seguir, Carcela rematou para uma defesa fácil de Jonas.
 
O Vianense, que tentava ao máximo fechar os caminhos da sua baliza e apostar no contra-ataque, via-se depois a contas com muitas perdas de bola no meio campo, que os homens do Benfica aproveitavam de imediato. Márcio andava sozinho pela frente e só Vasco, com alguns passes em profundidade, lhe conseguia colocar a bola. Num dos lances o avançado ainda conseguiu passar por Luisão, mas depois o remate foi intercetado por Jardel.
 
Em compensação, o Benfica, mesmo sem carregar no acelerador, conseguia chegar com relativa facilidade à área do Vianense. Tsoumagkas criava alguns obstáculos a Carcela e Talisca, que tentavam subir pelo seu corredor, mas os encarnados subiam com muitos homens e tornava-se difícil para a defesa minhota evitar abrir brechas.
 
Nuno Santos fugia bem a Leandro na esquerda e ia conseguindo servir Mitroglou na área, mas o avançado grego não acertava com o caminho da baliza. Os encarnados iam pressionando mais, para tentarem chegar ao golo antes do intervalo e aos 38 minutos, na sequência de um canto, Carcela recebeu na área e rematou de primeira, fortíssimo, à meia volta, para fazer o 1-0.
 
O Benfica podia ter aumentado aos 43 minutos, quando Eliseu atirou uma bomba de fora da área, a que Jonas respondeu com um voo, que lhe permitiu evitar o golo. Logo a seguir, foi Nuno Santos isolado a rematar, mas Rúben faz um excelente corte.
 
A vitória ao intervalo até pecava por escassa para o domínio que os encarnados tiveram no primeiro tempo. E na segunda parte, a pressão do Benfica foi ainda maior. Nos primeiros cinco minutos Mitroglou atirou ao poste e depois a rasar a trave. Depois foi Pizzi a atirar por cima. Aos 61 minutos, Jonas voltou a negar o golo, desta vez Vítor Andrade, que tinha acabado de entrar e rematou fortíssimo. A seguir, voltou a negar o golo, desta vez a Pizzi. Jonas parecia estar em todas, já o resto da equipa do Vianense parecia incapaz de respirar, sequer. Pizzi, Carcela... os remates sucediam-se, mas a bola teimava em não entrar.
 
Depois, o Vianense começou a espreitar uma oportunidade para sair para o ataque. Aos 78 minutos, Dedé, de pontapé de bicicleta, atirou à figura de Júlio César. E aos 80 minutos, Coulibaly deixa o estádio de boca aberta. O jogador do Vianense correu vários metros sozinho e a trinta metros desferiu um tiraço ao ângulo! Indefensável para Júlio César.
 
O Vianense ganhou esperança. Procurou o segundo. Madior atirou de longe, mas Júlio César faz grande uma defesa para canto. Depois foi Tosoumagkas a fazer um remate que saiu a rasar o poste da baliza do Benfica.
 
Mas acabariam por ser os encarnados a chegar ao segundo já nos descontos. Jardel apareceu a cabecear na área na sequência de um canto, e fez o golo que valeu a passagem do Benfica à próxima eliminatória.