A FIGURA: Coates

Sentido posicional irrepreensível. Esteve sempre no sítio certo numa noite em que voltou a erguer com Mathieu uma muralha quase intransponível, mesmo que tenha sido obrigado a dobrar várias vezes o francês. Lá na frente também esteve no sítio certo quando, aos 85 minutos, aproveitou um brinde de Marcano para atirar de pé direito para o golo que levou o jogo para prolongamento. Não vacilou dos onze metros, batendo Casillas com um remate colocado.

 

O MOMENTO: Montero leva leão ao Jamor

O avançado colombiano foi lançado na segunda parte quando os leões ainda estavam em desvantagem na eliminatória. Com ele em campo a equipa de Jorge Jesus forçou o prolongamento. Nos penáltis, depois de Bruno Fernandes, Bryan Ruiz, Mathieu e Coates, também ele disse presente. Presente ao Sporting na final da Taça no Jamor, onde há três anos foi um dos protagonistas do triunfo da equipa então orientada por Marco Silva.

 

OUTROS DESTAQUES

Gelson Martins: o único que conseguiu abrir brechas na defesa portista durante os primeiros 45 minutos. Com o meio-campo demasiado falível, sobretudo no processo de construção, restava recorrer ao maior desequilibrador individual da equipa de Jorge Jesus. Aos 41 minutos sacou um coelho da cartola e serviu rasteiro para zona letal, mas dois companheiros estavam noutra frequência e não chegaram a tempo do desvio para a baliza de Casillas. Manteve a toada no resto do jogo, estando quase sempre ligado à corrente. Na primeira parte do prolongamento desperdiçou uma oportunidade flagrante para fazer o 2-0.

Bruno Fernandes: teve uma primeira parte apagada, mas apareceu mais ligado ao jogo nos segundos 45 minutos. Baixou alguns metros no terreno (mesmo antes da entrada de Montero) e a qualidade com bola dos leões com bola subiu. Esteve perto do golos aos 103’, depois de ter sido superiormente assistido por Gelson. Demonstrou enorme frieza da marca dos onze metros na primeira tentativa do Sporting no desempate por penáltis.

Montero: a entrada do colombiano em campo deu outra elasticidade ao ataque leonino. Com uma unidade extra – e mais móvel – os espaços começaram a surgir. Esteve perto do golo aos 98, mas faltou-lhe convicção no momento do remate após um bom cruzamento de Ristovski, também ele lançado durante a segunda parte e em bom plano. Não tremeu no momento em que a presença no Jamor dependia dele. Bateu Casillas e levou Alvalade à loucura.

Acuña: jogo de enorme sacrifício do extremo argentino. Não foi muito feliz no mano a mano com Maxi Pereira, mas palmilhou quilómetros e quilómetros de terra. Depois da saída de Coentrão recuou para a posição de lateral esquerdo, missão que cumpriu com tremenda competência.