A figura:  Otamendi

O lado mais visível da exibição de Otamendi foi aquele corte incrível ao minuto 41. Obrigado a descair para a direita, o argentino foi igual a si próprio. Lutou com o que pôde e como conseguiu. Recuperou bolas, cerrou os dentes, tentou lançar a equipa para a frente. Ainda assim, tal como o resto da linha defensiva, não se livra de responsabilidades no lance do cartão vermelho a Helton Leite, pois parece que teve ligeira desatenção. Depois, no final, atirou-se à confusão que Taarabt e Eduardo protagonizaram, numa atitude de «ninguém se mete com os meus». Criticável, sim, mas que vai colocar muita gente do seu lado, a começar por aqueles com quem partilha balneário. 

O momento: minuto 17

O lance que ditou os restantes 70 e muitos minutos. O Sp. Braga aproveitou muito bem a profundidade e a velocidade da sua linha ofensiva abriu espaços entre a defesa e o guarda-redes do Benfica. Numa dessas ocasiões, Abel Ruiz escapou e o lance terminou com a expulsão de Helton Leite da baliza. Uma jogada que teve ‘efeito borboleta’ com saída de Pizzi, entrada de Odysseas Vlachodimos, erro do grego, golo do Sp. Braga…

Outros destaques

Darwin

O seu jogo ainda está por amadurecer, mas essa rebeldia jovial que coloca em campo costuma, pelo menos, trazer alguma coisa de diferente. Darwin Nuñez tem qualidades muito diferentes de Seferovic e com o Benfica em inferioridade era o uruguaio quem fazia mais sentido no ataque. Pela mobilidade, pela velocidade, por ser mais difícil de marcar. O Benfica mexeu um pouco com a sua entrada, para melhor.

Vlachodimos

Perdeu estatuto de titular para Helton, mas nesta noite teve de voltar a campo. Substituiu Pizzi porque Helton fora expulso e, como se disse antes, tudo isso esteve ligado ao resultado. Sobretudo porque o grego errou no lance do 1-0. Vertonghen estava a disputar uma bola e o guarda-redes saiu debaixo dos postes para tentar controlar a profundidade e, eventualmente, cortar o lance. Uma má leitura que deixou a baliza a descoberto e à mercê do pé de Lucas Piazon e a Taça a fugir para norte. É verdade, compensou no resto do tempo, mas a profissão é guarda-redes e na descrição do trabalho diz: não pode falhar.

Adel Taarabt

A última imagem foi má. O marroquino foi um dos protagonistas das cenas lamentáveis que se produziram já perto do final do jogo. O cartão vermelho não tem reparos, como não tem a expulsão do bracarense Eduardo. Até aí, Taarabt tentou empurrar a equipa para algo mais num jogo em que o Sp. Braga foi superior em homens em campo e não só.