Um golo marcado de grande penalidade na segunda parte por Jorge Ribeiro chegou para o Farense vencer o Estoril e carimbar o acesso à 4ª eliminatória da Taça de Portugal. E agudizou a crise do Estoril, que não vence um jogo oficial desde o dia 19 de agosto, quando triunfou 3-2 em Tondela para a 3ª jornada do campeonato. São sete derrotas consecutivas.
No futebol contam os golos e se no jogo não houve grandes oportunidades para os marcar, há que dar mérito ao Farense, que soube aproveitar a grande penalidade assinalada por falta de Wesley sobre Fabrício para seguir em frente. É que, além do golo, os algarvios também tiveram a outra grande chance da partida, igualmente através de Jorge Ribeiro, num potente remate à barra (71m), quando a qualidade do futebol praticado andava muito por baixo.
Aliás, foi esta a tónica do jogo, onde rarearam ocasiões de verdadeiro perigo para as duas balizas. Começou melhor o Estoril, mas usou e abusou do futebol direto para as duas unidades mais avançadas, Bruno Gomes e Kléber, respondendo depois o Farense com um futebol mais apoiado e flanqueado. Mas, tal como a equipa de Pedro Emanuel, sem conseguir entrar na área.
Os algarvios viriam a assumir a posse de bola, conquistando muitos cantos e ganhando metros, após a expulsão de Kléber, que num pontapé de bicicleta atingiu Bruno Bernardo na cabeça. O Estoril foi obrigado então a rever os processos e, com Lucas Evangelista no comando, procurou jogar mais apoiado. Mas o Farense não deu muito espaço e os canarinhos encontraram muitas dificuldades em encontrar a baliza defendida por Hugo Marques.
Até à grande penalidade o jogo apenas tinha sido abanado pela bomba de Jorge Ribeiro. Perante a vantagem do Farense o Estoril aumentou a pressão mas nunca conseguiu criar a sensação de poder inverter a história do jogo. Está claramente em crise a equipa de Pedro Emanuel, sem confiança e claramente controlada pelo Farense.
E se falarmos em justiça, o golo e o remate à barra serão suficientes para justificar a vitória do Farense. Foram apenas duas oportunidades, mas foram as mais flagrantes - e, quiçá, as únicas reais -, do jogo. E quando assim é...
FICHA DE JOGO
Estádio São Luís, em Faro
Árbitro: António Nobre (AF Leiria)
Árbitros assistentes: Miguel Aguilar e Pedro Martins
4º árbitro: Carlos Encarnação
Ao intervalo: 0-0
FARENSE: Hugo Marques; Filipe Godinho, Bruno Bernardo, Pedro Kadri e Jorge Ribeiro; Luís Zambujo (Livramento, 59), Fabrício, Neca (cap.) e Léo Tomé (Alvarinho, 72); Fábio Gomes e Tavinho (André Ceitil, 84)
Suplentes não utilizados: Miguel Carvalho, André Vieira, Jorginho e Irobiso
Treinador: Rui Duarte
ESTORIL: Thierry; Gustavo Tocantins, Lucão, Gonçalo Brandão e Mano; Kyriakou (Victor Andrade, 84), Wesley, Lucas Evangelista e Aylton Boa Morte (Matheus Índio, 72); Kleber e Bruno Gomes (Jorman Aguilar, 64)
Suplentes não utilizados: Moreira, Pedro Monteiro, Eduardo e Duarte
Treinador: Pedro Emanuel
Golos: 1-0 por Jorge Ribeiro, aos 71m
Disciplina: cartão amarelo a Luís Zambujo (35), Neca (43), Wesley (77) e Bruno Bernardo (86). Cartão vermelho direto a Kléber (26).