Figura: Gaitán
Fez o golo que valeu o triunfo do Benfica, e por arrasto a conquista da Taça: só por isso já merecia este destaque. Até porque foi um belo golo, num remate de pé direito ao ângulo. Mas Gaitán fez mais do que isso. Fez por exemplo o cruzamento que permitiu a Garay cabecear com perigo e, na segunda parte, fez o passe que deixou Lima em posição de remate perigoso.

Positivo: Braga
Foi o homem mais adiantado do Rio Ave e na primeira parte acusou a falta de bola. Na etapa complementar, aí sim, apareceu em tudo o que Rio Ave fez de mais importante. Grande abertura, por exemplo, para Pedro Santos atirar ao poste, no momento do jogo. Logo a seguir rematou ele para grande defesa de Oblak e mais tarde cruzou para Marcelo cabecear ao lado.

Negativo: Ruben Ribeiro
Claramente o elemento menos produtivo em campo. Tem toque de bola e qualidade técnica, mas muitas vezes não consegue colocar o talento a favor da equipa. Esta tarde dispôs de excelente oportunidade para marcar, na cara do golo, mas deixou a bola fugir-lhe por entre as pernas. No resto do tempo perdeu-se em picardias e simulações desnecessárias e fúteis.

Momento: Pedro Santos ao poste
Foi aos 63 minutos: Braga surgiu sobre a esquerda, picou a bola para a área e Pedro Santos com um toque suave desviou a bola do raio de ação de Oblak, mas contra o poste. O Rio Ave tinha surgido transfigurado da primeira parte para a segunda, encostava o Benfica às cordas e procurava o empate. Por centímetros Pedro Santos não virou o jogo do avesso.

OUTROS DESTAQUES:

Enzo Perez
Se dúvidas existissem, confirmou na final da Taça a falta que fez na final da Liga Europa. Não que tenha feito uma exibição fantástica, nem precisou: com ele o futebol do Benfica é diferente, mais enérgico, mais vigoroso. Encheu o campo e correu quilómetros.

Garay
Termina a época em grande forma: depois da grande exibição em Turim, mais um jogo limpo de falhas. Varreu a defesa e ainda surgiu a fazer dobras a André Almeida, ele sim em dificuldades. Pelo meio cabeceou com perigo e isolou Salvio com um lançamento fantástico.

Filipe Augusto
Um grande jogo do jovem trinco brasileiro. Impossível não referir, por exemplo, uma abertura deliciosa na primeira parte para Taratini rematar cruzado ao lado. Mas houve mais, claro: houve sempre muita luta, grande capacidade de trabalho e muita qualidade na entrega da bola.

Tarantini
O capitão do Rio Ave foi exemplar no empenho: correu quilómetros entre as duas áreas, capaz por exemplo de surgir na zona defensiva a cortar uma bola e pouco depois estar na área adversária a dar luta aos centrais. Num remate cruzado ameaçou inaugurar o marcador.

Oblak
Este destaque também é uma prova de como a vitória do Benfica esteve longe de ser tranquila: Oblak, sim, e muito claro. Muito boa a defesa a remate forte de Braga e fantástico o salto a parar um livre de Ukra que ninguém desviou. Concentrado e flexível, esteve sempre seguro.