Afrontar o poder do Benfica e a própria lógica histórica. É esse o grande desafio do Leixões para a visita à Luz, uma casa que o clube de Matosinhos conhece bem. No registo entre os dois emblemas há 27 jogos no estádio lisboeta, 25 vitórias e dois empates: um em 2008 e um em 1959.

Daniel Kenedy está consciente do contexto desta partida, a contar para os quartos de final da Taça de Portugal, mas não abdica do seu sonho e do sonho «por direito» do Leixões: voltar ao Jamor.

«Já lá estive duas vezes como jogador e agora gostava de lá estar como treinador», disse o antigo atleta do Benfica, cujo trabalho no Leixões está a ser muito positivo.

«Quem tem a obrigação de ganhar é o Benfica. Vamos dar tudo por tudo e queremos discutir o jogo. O Benfica é a melhor equipa em Portugal, atualmente, mas queremos desfrutar a oportunidade única de jogar no Estádio da Luz».

Kenedy reconhece ser «especial voltar à Luz», mas prefere sublinhar a «paixão» pelo Leixões. «Volto com orgulho e vaidade à Luz, principalmente por ser com o Leixões».

E o empate 3-3 contra o Boavista? Aumenta o índice de esperança dos leixonenses?

«Tirámos várias ilações desse empate. Mas vimos vários jogos do Benfica. Hoje em dia toda a gente se conhece. O Benfica também sabe como jogamos. Temos de estar muito concentrados e fazer um grande jogo para poder acreditar».

Para resumir o estado de espírito da equipa, Daniel Kenedy considera mesmo que «o Leixões quase não precisava do treinador» para este jogo. «A motivação é enorme. Até me arrepiei ao pensar que vamos à Luz. Hoje acordei às cinco da manhã, amanhã voltarei a acordar às quatro ou às cinco».