Ricardo Soares, treinador do Desportivo de Chaves, após o triunfo por 3-1 frente ao Vitória para a segunda mão da meia final da Taça de Portugal, insuficiente para a passagem à final, na sala de imprensa do Municipal Engº Branco Teixeira.
 

«Parabéns ao Vitória, isto é futebol, venceu e com certeza que também tem o seu mérito para chegar a estar altura, disputar a meia final e estar na final.

Tinha dito que o Vitória teria que provar dentro do recinto a superioridade perante o Desportivo, mas isso não aconteceu, fomos claramente melhores no final das duas mãos.

Estou muito triste pelos jogadores, pelos valentes transmontanos, mas é a vida e temos de olhar para a frente. A vida ensinou-me a olhar para a frente. Hoje a nível pessoal sofri um duro golpe pois estava convencido que ia colocar os meus jogadores na final que era inteiramente merecida, pois iria ter os nossos adeptos e o nosso presidente na final. Não foi possível e temos de olhar em frente e temos de nos levantar com a mesma força com que caímos.

Tínhamos a estratégia bem montada, com um conjunto de situações para adaptar ao momento do encontro. Estávamos convencidos que era possível se fizemos o nosso trabalho. Preparámos bem o jogo, confesso que ando a preparar há bastante tempo, e é uma tristeza grande não atingir o objetivo, pois essa é a verdade que era um objetivo estar no Jamor.

[Sobre a expulsão] Já pedi desculpa ao Fábio [Veríssimo] e à sua equipa e pois não fui mal educado, mas não posso protestar daquela forma. É um bom árbitro e fez uma boa arbitragem.

Não é fácil sair desta situação, temos um penálti aos 90' que nos atira para a final e o ser humano é um ser emocional, por isso o balneário, equipa técnica, transmontanos, toda a gente está com um sentimento de tristeza enorme. Não é fácil nesta altura, mas com certeza que amanhã já estaremos levantados e a lutar para atingir o nosso objetivo.

Tinha pedido ao público para entender os momentos do jogo, a nossa estratégia e acreditarem que podíamos chegar ao Jamor. Os adeptos foram pacientes, transmitiram uma energia positiva e obrigado a eles. Pena não podermos estar todos juntos num local tão marcante.»