Um golo de Ewerton em tempo de compensação dado pelo árbitro Luís Godinho, colocou o Portimonense na próxima eliminatória da Taça de Portugal, depois dos algarvios terem visto o Belenenses anular uma desvantagem de dois golos. E bem mereceram os jogadores comandados por José Augusto, já que foram superiores em (quase) todo o tempo de jogo.
 
O Portimonense entrou determinado e aos três minutos já estava a criar problemas a Ricardo Ribeiro, num cruzamento de Fabrício, com Zambujo a não conseguir emendar dentro da pequena área e quando tinha a baliza aberta. Seis minutos depois, um corte defeituoso de João Amorim quase resultava em autogolo, com a superioridade dos algarvios a materializar-se pouco depois, aos 13 minutos, num remate de Luís Zambujo no interior da área com a bola a bater num adversário e a fazer um efeito estranho que enganou Ricardo Ribeiro.
 
O Belenenses foi surpreendido pela entrada forte dos algarvios e sentiu muitas dificuldades em reagir. Sempre mais rápidos a atacar a bola, os jogadores do Portimonense não davam muito espaço aos adversários. Assim, foram escassas as situações de perigo para a baliza de Carlos Henriques, com as únicas a resultarem de dois livres (revelador das dificuldades sentidas pelos azuis em fluir o seu jogo): no primeiro Tiago Caeiro (12), de cabeça, fez a bola passar junto ao ângulo superior direito da baliza, e no segundo, num livre frontal, Tiago Silva (40) rematou para defesa do guarda-redes do Portimonense.
 
Perto do intervalo o Portimonense voltou à carga, e depois de um desvio de cabeça de Dener (44) que levou a bola a não passar muito longe da barra da baliza de Ricardo Ribeiro, os algarvios aumentaram a vantagem, num lance muito contestado por Sá Pinto, que pediu falta sobre Tiago Silva no início. Depois a bola sobra para Ewerton que à entrada da área disparou para o fundo da baliza, com a bola de novo a sofrer um estranho movimento antes de entrar.

Rúben Pinto entra para o empate
 
Com Marcel; Dener e Ewerton em pressão constante no miolo e a recuperarem muitas bolas, o Portimonense foi mantendo o Belenenses distante da sua baliza, apesar de duas ameaças de cabeça após o recomeço, por Sturgeon (50) e Kuka (53), com  Zambujo a responder no minuto seguinte com um remate perigoso.
 
Pouco depois (58) Sá Pinto fez duas substituições e alterou a forma de jogar da sua equipa, do 4x2x3x1 para o 4x4x2. Betinho juntou-se a Tiago Caeiro na frente mas seria Ruben Pinto (62), o outro jogador vindo do banco, que recolocaria o Belenenses na discussão do jogo, com um potente remate ao ângulo.
 
O mesmo jogador (Ruben Pinto) voltaria a ter ação determinante sete minutos depois, ao marcar um canto que levou a bola aos pés de Gonçalo Silva, que com um remate rasteiro cruzado empatou o jogo. As substituições efetuadas por Sá Pinto resultaram em pleno, e o Belenenses conseguiu encontrar mais espaço para atacar. Foi o melhor período dos azuis, que depois foram impotentes para consumar a reação.
 
A subida no terreno deixou espaço para os algarvios explorarem, e Ricardo Ribeiro voltou a passar por momentos complicados, em duas cabeçadas de Fabrício (76) e Pires (79).
 
O melhor para os algarvios estava guardado para o período de descontos, quando Ricardo Pessoa apareceu solto na direita para isolar Ewerton, que finalizou no interior da área fazendo explodir de alegria os adeptos algarvios. Um golo que colocou os algarvios na próxima eliminatória da Taça de Portugal e que relaciona a produção das duas equipas com números justos no marcador final.