João Carlos Pereira, treinador da Académica, em declarações na conferência de imprensa após a eliminação da Briosa da Taça de Portugal, ao perder com o Famalicão por 4-0.

«Se metermos as lentes certas, tiramos sempre alguma coisa boa dos jogos. Nem tudo foi mau. Assim a quente, depois de um jogo destes, fica difícil encontrar muitas coisas boas, mas eu sei que as houve. Entrámos não muito bem e a perder 3-0 aos 20 finitos, ficámos arredados de discutir o jogo.

Mas os jogadores não atiraram a toalha ao chão, mantiveram a alma e crença para mudar o rumo dos acontecimentos e na segunda parte fomos muito melhores. Mas cometemos erros infantis nos golos que sofremos, e isso não pode acontecer em alta-competição.

Ao intervalo, pedi para não perdermos a nossa identidade e compromisso. Para trabalharmos até ao fim. E na segunda parte pressionámos melhor, e diversas vezes chegámos a posição de marcar. Não fomos eficazes e faltou-nos capacidade para desviar para a baliza ou tomar a melhor decisão no momento certo. Pelo contrário, o Famalicão teve arte para aproveitar as nossas desconcentrações.

[o que a equipa tem de fazer para sair desta situação?]

«Temos de nos unir para mostrar que somos melhor do que mostrámos na primeira parte. Está difícil, mas sabemos que para chegar ao mel temos de aceitar a picadela das abelhas. Não conseguimos estalar os dedos e ter uma equipa que vai ganhar os jogos todos. Sabemos das dificuldades e quando há estes momentos, temos de arregaçar as mangas e lutar de forma árdua. Assim, naturalmente, os resultados vão aparecer. Não temos muito tempo e dependemos de resultados, mas não era fácil transformar esta equipa de uma semana para a outra, com uma varinha mágica.»