Figura: Toni Martínez

O espanhol aproveitou a oportunidade e marcou o golo que deixa o FC Porto mais perto do Jamor. O avançado decidiu mal numa ou outra ocasião, mas trabalhou muito. Quando foi servido em condições nas zonas próximas da área, Martínez ameaçou o golo: uma vez errou o alvo, na outra Luiz Júnior segurou. À terceira, Toni não deu hipótese e marcou à ex-equipa – não foi a primeira «traição», mas foi certamente a que mais doeu.


Momento do jogo: Marcano escreve o seu nome na história do FC Porto, minuto 16

27 golos, defesa mais goleador dos 129 anos do FC Porto. O espanhol jamais imaginou, quando chegou do Rubin Kazan ao Dragão, que seria em Famalicão, a 26 de abril de 2023 que iria entrar para a história do clube. Mas assim foi. Luiz Júnior calculou mal a saída a um livre lateral de Wendell e Marcano aproveitou para desviar para a baliza. O momento não só do jogo, mas da noite.


Outros destaques:

Pepê: o brasileiro é sinónimo de magia e fantasia. Pepê usou e abusou da qualidade técnica para ‘limpar’ camisolas brancas ora com dribles estonteantes, ora com simples receções orientadas. Não teve a mesma eficácia nas combinações pelo corredor central em comparação com as jogadas individuais no corredor.

Alexandre Penetra: o internacional sub-21 português não teve uma noite fácil na primeira parte, visto que teve a responsabilidade de travar o Pepê. Os grandes jogadores podem ser contidos, mas dificilmente são travados. Ainda assim, Penetra compensou ao ajudar no ataque: marcou o único golo famalicense, qual ponta de lança.

Marcano: discreto e eficaz. Assim se pode definir a exibição do espanhol. O defesa esteve imperial nos duelos, raramente foi apanhado fora de posição e ainda marcou um golo. Quase não se dá por Marcano porque raramente comete erros. Enfim, fez uma exibição à sua imagem.

Otávio: não sabe jogar mal. Voltou a parecer omnipresente, aparecendo tanto à direita como no meio. O internacional português é o elemento que liga toda a equipa portista e raramente tem uma má decisão. Podia ter inscito o seu nome na lista dos marcadores não fosse a defesa de Luiz Júnior.

Ivo Rodrigues: voltou a provar que é bom de bola. O extremo, formado precisamente no FC Porto, provocou vários desequilíbrios, ganhou faltas, associou-se bem com os seus colegas e foi capaz de assinar cruzamentos que causaram perigo para a baliza contrária - o lance de Riccieli foi sintomático.