A Taça de Portugal chega ao fim no próximo domingo com a final, no Estádio Nacional, entre Benfica e Vitória Guimarães, numa edição que distribuiu 4,5 milhões de euros em prémios, mais um milhão do que na edição anterior. Uma ajuda significativa para os clubes mais pequenos que tiveram acesso a 40 por cento dos prémios globais de participação, um aumento significativa, tendo em conta que, até 2012/13, não chegavam as 14 por cento.

Em relação à temporada anterior, regista-se um aumento de 30 por cento do valor dos prémios, sem contar com as transmissões televisivas, com cerca de 1,6 milhões a serem distribuídos pelos clubes não profissionais. A título de exemplo, uma equipa que fosse eliminado na primeira eliminatória recebia 2 mil euros, agora recebe quase o dobro.

Distribuição das contrapartidas financeiras:

I Liga: 762 mil euros.

II Liga: 221 mil euros

Campeonato de Portugal: 516 mil euros

Distritais: 143 mil euros

«Pequenos» jogaram mais vezes em casa

Além das receitas, também registou-se um aumento substancial dos jogos realizados em casa de equipas de escalões inferiores (mais 27,5%), depois e implementada a regra dos clubes da II Liga jogarem a II eliminatória fora e os clubes da I Liga também jogarem fora na terceira eliminatória. Com mais jogos em casa, as equipas dos escalões não profissionais também conseguiram mais vitórias sobre os clubes profissionais (aumento de 8 por cento de triunfos).

A introdução da regra que obriga os clubes profissionais a jogarem fora de casa em determinadas eliminatórias, proporcionou também um aumento significativo de jogos de equipas não profissionais com clubes da I Liga (mais 43 por cento).

Pedro Bonifácio, avançado do Torreense, segundo melhor marcador da Taça de Portugal, com seis golos, deu conta disso mesmo, no decorrer a apresentação da final, promovida pela Federação Portuguesa de Futebol. «Estes jogos da Taça permitem que os clubes pequenos, que normalmente não têm oportunidade de defrontar este tipo de equipas, participar nestes jogos. No jogo com o Nacional a bancada estava cheia, enquanto no primeiro jogo da época o estádio estava vazio. É uma oportunidade para os pequenos serem grandes por um dia», referiu o jogador que trabalha com crianças num ATL (Atividades Tempos Livres).

Uma competição que contou com 171 jogos, incluindo a final de domingo, com 77,4 por cento das equipas provenientes de escalões não profissionais (18 da Liga; 17 da II Liga; 79 do Campeonato de Portugal; 41 dos Distritais). Na terceira eliminatória ainda estavam em competição 31 equipas de escalões profissionais, 8 na 4ª eliminatória e 4 em 16 na 5ª.

Os quartos de final da competição contaram com duas equipas do interior (Sp. Covilhã e Desp. Chaves), duas do norte (Leixões e V. Guimarães), uma da zona centro (Académica) e três de Lisboa (Sporting, Benfica e Estoril).