Declarações do treinador da BSAD, Paulo Mendes, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Famalicão, após a derrota por 4-1 nos quartos de final da Taça de Portugal, diante do Famalicão:

«[A derrota foi natural?] Natural não é. Chegando aos quartos, mesmo sabendo a dificuldade do jogo, queríamos passar às meias-finais. Tivemos dificuldades em fechar as laterais na primeira parte e o jogo exterior, com pouca agressividade e o Famalicão tem jogadores fortes com tempo e espaço. Entrámos tímidos com e sem bola, a respeitar demais o adversário, não podemos ter medo de jogar, o futebol também é feito de faltas e elas são para se fazer. Fomos uma equipa pouco esperta a matar o jogo em momentos essenciais e pouco agressivos no ataque à área adversária.

Ao intervalo, corrigimos e a segunda parte resume-se aos erros individuais que a este nível pagam-se caro, no momento em que estávamos melhor. Podíamos ter acalmado o jogo, não perder um pouco o norte, mas só depois do terceiro golo conseguimos isso, faltou a tal experiência. Depois, foi jogo de ataque e resposta, já nos soltámos porque já não tínhamos tanta responsabilidade, mas era difícil dar a volta ao resultado e eu no banco comecei a pensar mais no jogo com o Penafiel, a dar minutos a jogadores novos que poderão ser úteis no futuro. [Temos de] continuar a trabalhar para sair desta situação no campeonato.

[Segunda volta da II Liga] É melhorar, não podemos fazer uma segunda volta como a primeira, senão a BSAD desceria de divisão. Mas tenho confiança total no grupo de trabalho. Temos de acreditar uns nos outros.

Não pode nem deve ter impacto negativo, temos de tirar ilações dos erros que cometemos, trabalhar em cima deles e seguir em frente, acreditar no trabalho que estamos a fazer. Esta semana não foi fácil, com três jogos, duas viagens para o Norte. Não mata, mas mói. É recuperar os jogadores e preparar o jogo com o Penafiel.»