Nova jornada de Taça e o Marítimo voltou a sorrir. Os madeirenses regressaram às vitórias depois de três derrotas consecutivas no campeonato. Não venciam desde o encontro com o Gondomar, há mais de um mês, na prova em disputa aqui na Tapadinha neste sábado. O regresso da Taça de Portugal proporcionou um triunfo merecido, numa partida em que a diferença mínima era um prémio bastante justo para o Atlético.
 
O primeiro tempo é muito fácil de descrever. O Marítimo teve a posse de bola, controlou-a e, com isso, controlou também o adversário. O Atlético tentava lançar os extremos, Jorge Gonçalves e Bassalia Ouattara, mas raramente o conseguiu e, no melhor que fez, o costa-marfinense chegou à linha de fundo e cruzou para ninguém.
 
Apesar do domínio, os madeirenses não tinham repetições suficientes na área lisboeta para se dizer que o golo era algo iminente. O Marítimo teva ocasiões para concretizar, é um facto, mas veja-se a distância entre elas: 12, 28 e depois 36/37 minutos. Ou seja, pelo meio, os madeirenses perderam demasiados lances, fosse por más decisões, fosse por má execução técnica: o relvado não ajudou ninguém, diga-se.

ASSIM FOI O ATLÉTICO-MARÍTIMO
 
Curiosamente, as ocasiões do Marítimo foram em crescendo: quer, obviamente, na quantidade, quer na qualidade delas. Vidales começou com dois remates ao lado, Ruben Ferreira atirou um livre para defesa difícil de João Manuel e no canto consequente Danilo Pereira só não marcou porque… apareceu Ibrahim. Infelizmente para o Marítimo, um Ibrahim da Serra Leoa, e não o fugidio egípcio. O capitão do Atlético salvou a equipa ao evitar o golo em cima da linha.
 
Ora, a segunda parte trouxe uma novidade bem cedo: o golo. Cruzamento da esquerda de Ruben Ferreira, a bola bate no chão, Pierre Mbemba falha a interceção e Vidales, à terceira, marcou mesmo. O 0-1 ia mudar o jogo, porque o Atlético conseguiu parti-lo e o controlo de bola que o Marítimo tinha deixou de existir.
 
Os lisboetas começaram por pressionar mais alto, depois Rui Nascimento assumiu jogo direto ao juntar duas torres no ataque: Lopez e Dady. Porém, Leonel Pontes percebeu a ideia, retirou Weeks e lançou Fernando Ferreira para, lá está, o jogo não fugir.
 
Com o Atlético mais lançado no ataque, também começaram a surgir espaços na defesa lisboeta e foi numa transição rápida que se ditou a sentença da partida: Fernando Ferreira lançou Dyego Sousa e este passou pelo guarda-redes contrário a colocou o marcador em 2-0.
 
O resultado era demasiado largo para o Atlético, apesar do grande esforço da equipa da capital. Os homens da Tapadinha tentaram o golo até ao último apito e por várias vezes! Pelo empenho que mereciam o 1-2. Mais do que isso, seria desvirtuar a realidade: que o Marítimo tem atributos superiores e mostrou-o sobre o relvado.