Nem todas as revoluções se fazem de bravos guerreiros e heróis improváveis.

Muitas vezes, basta facilitar. Fazer as coisas simples. E levar para o campo de batalha aqueles que não precisam de grandes manobras para serem eficazes.

O jogo de abertura da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal provou isso mesmo.

Ruben Amorim começou por revolucionar a equipa. Lançou novos ‘soldados’, tentou novos caminhos e estratégias distintas. Mas a coisa não resultou.

E até foi uma contrariedade a trazer a normalidade que tão bons resultados tem dado.

A lesão de Jovane perto dos 55 minutos levou o treinador do Sporting a chamar a jogo Pedro Gonçalves.

E ele lá foi. Resolver, como tem habituado os adeptos do Sporting desde a época passada.

Sem grandes sobressaltos, sem se chatear muito – como sempre parece fazer – e cirúrgico quando teve de o ser.

Foi com a maior das tranquilidades que empurrou uma bola perdida na área para a baliza depois de um duelo perdido por Paulinho e inaugurou o marcador aos 68m.

E depois, quando os nervos se podiam apoderar da equipa leonina, que sofreu de penálti a dez minutos o fim, lá apareceu Pote mais uma vez.

Pedro Porro, outro daqueles que teima em ser decisivo, também entrou para conquistar um penálti aos 86m. E o outro Pedro, o Gonçalves, lá foi novamente, com a maior das tranquilidades fazer o que tão bem sabe: mais um golo. O golo que vale o apuramento do Sporting para os oitavos de final da Taça de Portugal.

Pelo caminho ficam uns bravos lobos do mar. Varzim mostrou raça em Alvalade, complicou bastante a vida do campeão nacional e levou as decisões até bem perto do apito final, com muito mérito.

Uma última palavra para o campo de batalha deste jogo. O relvado de Alvalade está em péssimo estado e ainda nem começou o Inverno. Não é de agora que a relva de Alvalade dá que falar pela negativa, mas desta vez pode até ter custado uma lesão grave a Jovane. Claramente a rever.